A Polícia Federalista está se organizando para convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro a prestar prova sobre um telefonema feito ao senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). A conversa, segundo apuração prévio, teria ocorrido na véspera do prova de Mourão ao Supremo Tribunal Federalista (STF) e despertou inquietação entre membros do Judiciário, gerando suspeitas de interferência nas investigações em curso.
Fontes ligadas ao caso indicam que a relação levantou alertas por segmento de ministros do STF, integrantes da Procuradoria-Universal da República (PGR) e de investigadores da própria Polícia Federalista. O motivo seria o provável texto da conversa entre Bolsonaro e Mourão, que pode indicar uma tentativa de orientar o teor do prova do senador.
Conversa estratégica ou interferência?
De congraçamento com fontes próximas às investigações, Bolsonaro teria sugerido que Mourão desse ênfase a determinados pontos durante sua oitiva, considerados relevantes por sua equipe de resguardo. A principal orientação teria sido para que o senador reforçasse perante os ministros do STF que nunca ouviu de Bolsonaro qualquer menção a atos que pudessem configurar uma ruptura institucional.
Mourão confirmou que recebeu a relação e que o ex-presidente fez esse pedido específico. No entanto, em declarações à prelo, o senador tentou minimizar o impacto da conversa, classificando-a uma vez que “genérica” e sem caráter de orientação direta. Apesar disso, o contato não passou despercebido por investigadores e autoridades jurídicas.
STF e PGR veem provável tentativa de obstrução
A informação entre os dois políticos, ocorrida em um momento crucial, levanta questionamentos sobre possíveis tentativas de influenciar ou moldar o prova do senador. Integrantes do Supremo Tribunal Federalista e da Procuradoria-Universal da República não descartam a hipótese de que possa ter havido uma tentativa de obstrução de Justiça.
Obstrução de Justiça é um transgressão previsto em lei e pode ser caracterizado quando há tentativa deliberada de interferir no curso de investigações, processos ou depoimentos. Neste caso, se for comprovado que o telefonema teve o intuito de influenciar a narrativa de Mourão perante o STF, Bolsonaro poderá ser formalmente investigado nesse sentido.
“Existe grande chance de ele ser ouvido”, afirmou uma nascente da subida cúpula da Polícia Federalista ao portal Metrópoles, sob exigência de anonimato. Essa possibilidade vem sendo tratada com cautela, mas com atenção redobrada nos bastidores.
Mourão tenta se distanciar da polêmica
Depois a divulgação da relação, Mourão buscou se desvencilhar das interpretações mais graves. Ele destacou que sua conversa com o ex-presidente não teve o intuito de combinar versões ou influenciar o texto de seu prova. “Foi uma conversa breve, sem grandes detalhes”, afirmou o senador em nota.
Porém, a forma uma vez que o contato aconteceu, justamente na véspera de seu compromisso com o STF, coloca o incidente sob suspeita. Ministros da Golpe entendem que, mesmo que não tenha havido uma orientação explícita, o simples trajo de viver uma tentativa de alinhar discursos em torno de uma investigação já representa um risco à integridade do processo judicial.
Bolsonaro já é objectivo em outras frentes
Paralelamente a essa novidade provável convocação, Jair Bolsonaro já se encontra sob investigação da Polícia Federalista em outro sindicância, que envolve a atuação do seu fruto, o deputado federalista licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A apuração se concentra em supostos esforços do parlamentar para declamar, a partir dos Estados Unidos, sanções e pressões contra ministros do STF.
Nesse caso, Jair Bolsonaro também poderá ser chamado para prestar esclarecimentos. Os investigadores buscam entender até que ponto o ex-presidente teve conhecimento ou participação nas movimentações de Eduardo Bolsonaro no exterior.
O cerco em torno do ex-chefe do Executivo vem se apertando com o progressão das apurações e a coleta de novos elementos. A tendência, segundo fontes próximas ao sindicância, é que Bolsonaro se torne peça-chave em diferentes linhas investigativas que tentam esclarecer possíveis abusos e tentativas de desestabilização institucional durante e posteriormente seu governo.
Investigadores adotam cautela, mas intensificam ações
Mesmo diante da delicadeza política que envolve a figura de um ex-presidente da República, a Polícia Federalista tem reforçado o compromisso com o curso das investigações. O objetivo principal é prometer que qualquer tentativa de manipular depoimentos, principalmente em processos de grande relevância, seja apurada com rigor.
A cautela no trato do caso não exclui a possibilidade de novas diligências, inclusive com a convocação de Bolsonaro para depor. A corporação entende que o justificação sobre o teor e o propósito da conversa com Mourão é fundamental para delimitar se houve ou não intenção de interferência.
Clima de tensão entre Poderes
O incidente reacende o clima de tensão entre o Executivo, mesmo posteriormente o termo do procuração de Bolsonaro, e o Judiciário. A relação conturbada entre os Poderes durante os quatro anos de sua presidência continua deixando resquícios, agora materializados em investigações que avançam sobre ações e bastidores do seu governo e do período pós-mandato.
Ministros do STF vêm manifestando, em caráter reservado, preocupação com os movimentos de aliados do ex-presidente, inclusive no cenário internacional. A tentativa de desgastar as instituições brasileiras em fóruns e ambientes estrangeiros é vista uma vez que um risco à firmeza democrática.
Próximos passos
A expectativa agora gira em torno da definição da data para o provável prova de Jair Bolsonaro. O progressão das investigações dependerá da estudo dos elementos que vêm sendo reunidos, incluindo o prova já prestado por Mourão, relatórios de perceptibilidade e intercepção de informações.
Caso a Polícia Federalista identifique mais indícios de tentativa de interferência, o ex-presidente poderá ser formalmente incluído uma vez que investigado neste sindicância específico. Até lá, a convocação para prova é considerada um passo inevitável.
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