O funkeiro MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto, foi recluso preventivamente nesta quarta-feira (29/5) por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Social do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, o artista tem uma “relação sólida” com membros da cúpula da partido criminosa Comando Vermelho (CV), sendo presença frequente em festas realizadas dentro de comunidades dominadas pela organização.
A prisão preventiva foi decretada posteriormente meses de apuração que revelaram indícios robustos de envolvimento direto do cantor com o violação organizado. Os policiais apontam que Poze participava ativamente de eventos financiados pelo CV em favelas porquê o Multíplice do Boche e a Cidade de Deus. Nesses encontros, além da apresentação do cantor, é geral a exibição ostensiva de armamentos pesados, porquê fuzis, e demonstrações de poder por segmento da partido.
De conformidade com a DRE, os shows realizados por Poze dentro das comunidades teriam sido financiados com verba do tráfico, servindo porquê forma de lavagem de capitais e fortalecimento da imagem da partido. “É um ciclo vicioso onde a criminalidade se mistura ao entretenimento, com o artista servindo porquê instrumento de propaganda e validação do poder do Comando Vermelho”, declarou um dos investigadores sob quesito de anonimato.
Shows patrocinados pelo violação
Os agentes descobriram que os eventos não eram exclusivamente festas locais, mas segmento de uma estratégia da partido para atrair simpatizantes, fortalecer sua presença territorial e lavar verba proveniente do tráfico. A prática de contratar artistas populares para shows dentro das comunidades tem se tornado uma tática geral entre organizações criminosas.
“MC Poze era uma figura manente nesses eventos. A proximidade dele com os principais líderes da partido é inegável, e há imagens e vídeos que comprovam essa convívio próxima, sempre regada a ostentação, armamento pesado e discursos que endossam a domínio do CV”, disse outro policial envolvido na operação.
Bens de luxo e decisões polêmicas
Em novembro de 2024, a Polícia Social já havia apreendido uma série de bens de luxo pertencentes ao funkeiro durante uma operação. Entre os itens estavam carros de supino padrão, porquê uma Land Rover, uma BMW e um Honda HR-V, além de joias avaliadas em centenas de milhares de reais.
Na ocasião, a Justiça do Rio determinou a inquietação porquê medida cautelar. Mas, recentemente, o juiz Thales Nogueira, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, aceitou parcialmente um pedido da resguardo de Poze e de sua esposa, Viviane, e ordenou a reembolso de segmento desses bens. A decisão foi comemorada publicamente por Poze em suas redes sociais.
A resguardo do artista alega que os bens foram adquiridos legalmente com o lucro dos shows e da curso músico. No entanto, a novidade prisão e os elementos reunidos pela DRE indicam que esses recursos podem estar diretamente ligados ao violação organizado.
Sorteios fraudulentos
Outro ponto investigado pela polícia envolve supostos sorteios ilegais organizados por pessoas ligadas ao cantor. Segundo os investigadores, o grupo promovia rifas de veículos e transferências bancárias via Pix, com prêmios que chegavam a R$ 200 milénio. No entanto, as apurações revelaram que os vencedores muitas vezes não recebiam os carros, que continuavam registrados em nome dos organizadores.
A Polícia Social também identificou indícios de que os sorteios utilizavam um aplicativo customizado para manipular resultados, tornando o processo fraudulento. Apesar de utilizarem os parâmetros oficiais da Loteria Federalista para dar um ar de legitimidade, não havia qualquer processo formal de auditoria ou transparência.
“A utilização de plataformas digitais com ar de credibilidade, mas sem qualquer controle, foi principal para enganar os participantes. Isso também servia porquê uma frente para dissimular valores oriundos do tráfico”, explicou um representante envolvido no caso.
O processo contra MC Poze do Rodo segue em sigilo de justiça, e a resguardo do cantor ainda não se manifestou publicamente sobre a prisão. A expectativa é que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias, incluindo depoimentos de testemunhas e a estudo aprofundada do material apreendido.
A prisão do artista reacende o debate sobre a relação entre o funk e o violação organizado em comunidades cariocas, principalmente quando artistas ascendem ao estrelato mantendo vínculos com organizações criminosas. Especialistas alertam para o risco de normalização da criminalidade entre o público jovem, principalmente quando artistas populares se tornam símbolos de poder e resistência, mas associados a práticas ilegais.
Enquanto isso, MC Poze do Rodo permanece recluso, aguardando novas decisões da Justiça. A polícia acredita que o caso pode terebrar caminho para novas investigações sobre a relação entre o show business e o violação no Rio de Janeiro.
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