A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quarta-feira (28) que o escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias do INSS é fruto do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Gleisi, “foi Bolsonaro quem abriu as portas do INSS para ladrões”, e somente na atual gestão do presidente Lula é que as investigações avançaram e as cobranças de mensalidades associativas foram suspensas.
A enunciação compõe uma manobra calculada do governo para atribuir ao governo anterior a responsabilidade pelo esquema de fraudes que já gerou prejuízo bilionário a beneficiários do Instituto Vernáculo do Seguro Social. Gleisi argumenta que, embora o problema tenha se agravado nos últimos meses, sua raiz estaria nas decisões administrativas e políticas adotadas no procuração anterior.
Apesar disso, a ministra é contra a geração de uma Percentagem Parlamentar Mista de Sindicância (CPMI) para investigar o caso no Congresso Vernáculo. Para ela, uma apuração legislativa poderia prejudicar as investigações conduzidas pela Polícia Federalista. “Uma CPMI, no envolvente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações”, declarou.
Outros aliados do governo Lula também têm se posicionado contra a instalação da CPMI, turbinando as críticas de parlamentares da oposição e de entidades de resguardo dos aposentados, que cobram maior responsabilização sobre os envolvidos diretos no esquema.
A pressão por uma apuração no Legislativo aumentou em seguida a revelação de que os descontos continuaram sendo aplicados mesmo em seguida alertas de irregularidade.
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