A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF) deu início, nesta terça-feira (20), à estudo de um pedido da Procuradoria-Universal da República (PGR) que pode transformar em réus 12 acusados de integrarem o chamado “núcleo 3” de uma suposta tentativa de golpe de Estado. A denúncia envolve suspeitas de articulações para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo depois a rota nas eleições presidenciais de 2022.
A sessão marcou mais um capítulo das investigações que vêm sendo conduzidas pela PGR e que têm uma vez que foco identificar a atuação de diferentes grupos envolvidos em atos que atentariam contra o Estado Democrático de Recta.
Relator Rejeita Pedido de Dilação
Durante a rombo da sessão, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, negou um pedido da resguardo de Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federalista (PF), para o diferimento da estudo. O jurisperito do policial alegava que novos elementos surgiram e deveriam ser considerados, entre eles um áudio em que Soares se manifesta sobre decisões do Judiciário e o comportamento do ex-presidente Bolsonaro.
Moraes, no entanto, foi firme ao negar a solicitação e afirmou que o teor do áudio, apesar de recente, não possui impacto inesperado no julgamento atual, pois não está formalmente anexado à denúncia apresentada pela PGR. “Esse áudio será analisado unicamente em caso de eventual recebimento da denúncia, pois foi apresentado de forma extemporânea”, afirmou o ministro.
Gravação Controversa Ganha Destaque
O áudio mencionado pela resguardo de Soares acabou ganhando repercussão mesmo fora do processo formal. Na gravação, o agente da PF critica a postura de Jair Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente foi “frouxo” ao não reagir com mais firmeza diante de decisões judiciais que, em sua visão, o enfraqueceram politicamente.
Uma das críticas mais contundentes no áudio diz saudação à decisão do próprio Alexandre de Moraes, em 2020, que barrou a nomeação de Alexandre Ramagem para o incumbência de diretor-geral da PF. Segundo Soares, aquele teria sido o momento decisivo para uma resposta enérgica por segmento de Bolsonaro. “Tinha que ter desunido a cabeça dele era ali, mas não fez, foi frouxo. Tentou fazer tudo direitinho, quatro linhas e não sei o quê, e só se ferrou”, afirmou o agente.
Apesar da sátira, Soares reconhece que Bolsonaro procurou agir “dentro das quatro linhas da Constituição”, o que sugere, segundo a resguardo, uma conduta legítimo por segmento do ex-presidente, mesmo diante das tensões com o Judiciário.
Núcleo 3: Quem São os Acusados?
Os 12 investigados que compõem o “núcleo 3” seriam, segundo a PGR, integrantes de um grupo operacional responsável por colocar em prática ações golpistas. Embora os detalhes sobre os nomes e funções de cada um ainda estejam sob sigilo em algumas partes do processo, sabe-se que a criminação se baseia em elementos obtidos a partir de interceptações, trocas de mensagens e depoimentos que apontam para uma tentativa organizada de impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A denúncia sustenta que o grupo não agiu de forma isolada, mas sim coordenada com outros núcleos — político, militar e de lucidez — todos com o objetivo generalidade de deslegitimar o processo eleitoral de 2022.
Papel do STF no Enfrentamento aos Atos Antidemocráticos
O Supremo Tribunal Federalista tem se posicionado com rigor frente às investigações e denúncias relacionadas a movimentos que atentem contra o processo democrático. A atuação de Alexandre de Moraes, em pessoal, tem sido medial na meio de inquéritos uma vez que o das fake news, dos atos antidemocráticos e da tentativa de golpe.
Nesse contexto, a decisão de iniciar o julgamento contra os supostos integrantes do “núcleo 3” é vista uma vez que mais um esforço da Namoro para provar que atitudes contrárias ao Estado de Recta não passarão impunes, mesmo quando envolvem membros das forças de segurança ou aliados do cimo escalão político.
Resguardo Alega Fragilidade nas Provas
As defesas dos acusados, por outro lado, argumentam que não há elementos suficientes para que seus clientes se tornem réus. No caso de Wladimir Soares, por exemplo, os advogados sustentam que o áudio divulgado recentemente não constitui prova de qualquer delito e que, ao contrário, mostra uma frustração pessoal diante de decisões políticas, o que seria um recta protegido pela liberdade de frase.
Outrossim, os defensores têm alegado que as acusações da PGR se baseiam, muitas vezes, em interpretações extensivas de mensagens e declarações que não necessariamente indicariam a intenção real de promover um golpe.
Próximos Passos do Processo
Com o voto do relator já iniciado, os demais ministros da Primeira Turma do STF — composta por cinco integrantes — devem se manifestar nos próximos dias. Caso a maioria dos magistrados concorde com a PGR, os 12 acusados passarão à exigência de réus e responderão formalmente por crimes uma vez que tentativa de anulação violenta do Estado Democrático de Recta, associação criminosa e outros previstos no Código Penal.
A decisão tem potencial para influenciar diretamente outros desdobramentos do caso, mormente se permanecer comprovado que houve um projecto coordenado com espeque logístico e operacional. Em paralelo, o STF continua analisando ações relacionadas a outros núcleos da mesma investigação.
Um Julgamento com Impacto Vernáculo
A estudo do caso pelo STF tem prestígio não unicamente jurídica, mas também política. O resultado do julgamento poderá definir os rumos de outras investigações em curso e substanciar o compromisso das instituições brasileiras com a democracia.
Independentemente da decisão final, o processo marca mais um momento sensível da história recente do país, em que as instituições têm sido chamadas a responder com firmeza a ameaças que colocam em risco o pacto democrático firmado depois a redemocratização.
https://politicaonlinebrasil.com/moraes-descarta-audio-que-favorece-bolsonaro-logo-no-inicio-da-audiencia/ / Natividade/Créditos -> Politica Online Brasil