O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasílico de Segurança Pública (FBSP), divulgou na semana passada a edição 2025 do Atlas da Violência. A publicação reúne dados sobre a criminalidade no Brasil entre os anos de 2013 e 2023, traçando um quadro das políticas de segurança pública adotadas em todos os estados do país ao longo da última dezena.
Porquê já é habitual, os números divulgados movimentaram o debate público, servindo uma vez que termômetro da eficiência — ou ineficiência — das estratégias adotadas pelos governos estaduais no combate à violência. A edição deste ano concentrou-se em dados provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ambos gerenciados pelo Ministério da Saúde.
O levantamento apresentou duas frentes de estudo sobre os homicídios no país. A primeira considerou exclusivamente os registros oficiais categorizados uma vez que homicídio (incluindo mortes por agressão e por mediação permitido). A segunda incorporou uma estimativa dos chamados “homicídios ocultos” — aqueles que, por falhas na classificação, acabam não entrando nas estatísticas uma vez que tal. Essa última foi desenvolvida por meio de estudos com perceptibilidade sintético realizados pelos pesquisadores Cerqueira e Lins.
Nos dois modelos de estudo, o estado de Goiás apresentou resultados altamente positivos. De 2013 a 2023, a taxa de homicídios por 100 milénio habitantes no estado caiu 53,9%, o que coloca Goiás entre os três estados com melhor desempenho, detrás exclusivamente do Região Federalista (com redução de 63,7%) e de São Paulo (54%). No recorte mais recente, entre 2022 e 2023, a queda foi de 7,4%.
Outro oferecido significativo está relacionado aos homicídios cometidos com armas de queimação. Em Goiás, essa modalidade de transgressão registrou uma subtracção de 54,7% em dez anos. De 2018 a 2023, a retração foi ainda mais robusta: 49,8%. Entretanto, o indicador que mais chamou atenção foi a taxa de homicídios de mulheres. Goiás liderou o ranking vernáculo de redução, com uma queda de 60,7% no período de 2013 a 2023. Unicamente nos últimos cinco anos, o índice caiu 47,6%.
O relatório também revela que, em 2023, o Brasil atingiu a menor taxa de homicídios em mais de uma dezena, com 45.747 registros — o equivalente a 21,2 mortes por 100 milénio habitantes. A tendência de queda também foi observada nos crimes contra o patrimônio, uma vez que roubos em via pública, assaltos a estabelecimentos comerciais e invasões a residências, conforme realçado no 18º Anuário Brasílico de Segurança Pública.
Ainda assim, o cenário vernáculo não é uniforme. Enquanto estados uma vez que Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Paraíba e Alagoas apresentaram reduções expressivas, outras unidades federativas viram seus indicadores crescerem, caso do Amazonas, Bahia, Pernambuco e Tocantins. O Amapá, por exemplo, registrou o maior aumento proporcional na última dezena: 88,2% de propagação na taxa de homicídios por 100 milénio habitantes entre 2013 e 2023.
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