A Confederação Israelita do Brasil (Conib) acusou o presidente Lula (PT) de fazer uma enunciação antissemita ao declarar que Israel comete um “genocídio” contra mulheres e crianças na Fita de Gaza “a pretexto” de expelir terroristas
“Acusar judeus de matar crianças é uma das formas mais antigas e deploráveis de antissemitismo”, afirmou em nota Claudio Lottenberg, presidente da entidade. Ele classificou a fala porquê “lastimoso e perturbadora” e disse que Lula promove um “libelo antissemita pelo mundo”.
Segundo Lottenberg, a retórica do presidente é “irresponsável e destrutiva” e pode gerar riscos à comunidade judaica no Brasil.
A Conib rebateu o teor da fala de Lula, argumentando que o conflito em Gaza foi iniciado pelo Hamas — grupo terrorista que, segundo a entidade, “se esconde detrás da população social e de reféns israelenses” para executar um projecto genocida contra Israel.
O que Lula disse?
A enunciação de Lula foi feita no sábado, 10, durante entrevista a jornalistas em Moscou, na Rússia, onde o presidente participou de um desfile militar a invitação do ditador Vladimir Putin.
“Na Fita de Gaza é um genocídio, de um tropa muito muito pronto contra mulheres e crianças, a pretexto de matar terroristas. Já houve caso de explodirem um hospital e não ter um terrorista, só mulher e moço”, afirmou Lula.
O presidente brasílico tem criticado as ações militares de Israel na Fita de Gaza e repetido que o governo de Benjamin Netanyahu promove um “genocídio” contra os palestinos.
Nascente: O contraditor
Créditos (Imagem de cobertura): Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Sucursal Brasil
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