Caciques do Centrão ficaram com a pulga detrás da ouvido em seguida o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aumentar o salário mínimo no estado para R$ 1,8 milénio — um aumento de 40% em três anos. Na visão de lideranças do conjunto, um aumento dessa magnitude indica que o governador tem planos maiores do que disputar a reeleição em São Paulo em 2026 e que não descarta concorrer à Presidência da República.
Aliados do governador brincam, nos bastidores, que, caso Tarcísio queira, já tem no aumento do salário mínimo sua principal propaganda para enfrentar Lula na disputa pelo Palácio do Planalto no próximo ano. Tarcísio é visto, nos bastidores, uma vez que a principal opção na direita a Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030. O governador, porém, nega intenção de concorrer ao Planalto e diz ser candidato à reeleição.
Aliados próximos admitem que dificilmente Bolsonaro conseguirá volver a inelegibilidade no TSE — e que ainda deve ser réprobo e recluso no chamado interrogatório do golpe antes das eleições. Com isso, Tarcísio seria o predilecto do Centrão para a disputa presidencial. Nos bastidores, inclusive, aliados de Bolsonaro reclamam que o governador poderia ajudar mais nas conversas com o STF em prol do ex-presidente.
O aumento do salário mínimo em São Paulo foi anunciado por Tarcísio no final de abril e representa um acréscimo de 10% em relação ao valor anterior. Em São Paulo, o montante é 18,84% maior do que o mínimo vernáculo.
Além de São Paulo, os estados do Paraná, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina também possuem seus próprios valores para o salário mínimo.
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