O mais recente escândalo envolvendo fraudes milionárias no Instituto Pátrio do Seguro Social (INSS) acendeu um novo sinal de alerta no cenário político brasílio. Parlamentares da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já discutem, nos bastidores, a possibilidade de apresentar um pedido formal de impeachment, alegando preterição e responsabilidade do director do Executivo diante do que consideram um “emoção à moralidade administrativa”.
A denúncia, revelada por investigações internas e reforçada por apurações da Polícia Federalista, aponta a existência de um esquema de licença irregular de benefícios previdenciários, que teria desviado bilhões dos cofres públicos. Entre os principais alvos estão servidores do próprio INSS, intermediários e até empresários que supostamente participaram de uma rede de fraudes estruturada.
Embora o governo tenha reagido com declarações públicas e promessas de “rigor na apuração dos fatos”, o exposição solene não tem sido suficiente para acalmar os ânimos da oposição. Líderes de partidos uma vez que PL, Novo, PP e Republicanos já articulam reuniões para discutir a viabilidade de um processo de impeachment. Segundo fontes ouvidas pela pilar de Paulo Cappelli, do site Metrópoles, um grupo de deputados planeja formalizar o pedido ainda no primeiro semestre de 2025.
“O governo Lula tem se mostrado incapaz de impedir a dilapidação do verba público. Esse escândalo no INSS é somente a ponta do iceberg. Não se trata somente de um problema técnico, mas de um descontrole institucional que exige responsabilidade política”, afirmou um parlamentar do Centrão, sob quesito de anonimato.
A oposição pretende sustentar que, embora o presidente não esteja diretamente envolvido nas fraudes, ele teria cometido transgressão de responsabilidade ao não adotar mecanismos efetivos de controle e fiscalização dentro de um dos órgãos mais sensíveis do governo. Aliás, aliados de Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições de 2022, veem no caso uma oportunidade de enfraquecer politicamente Lula, cujos índices de aprovação começaram a desabar nas últimas pesquisas.
Reação do Planalto
A resposta do Palácio do Planalto foi imediata. Integrantes do núcleo duro do governo classificaram as movimentações uma vez que uma tentativa “irresponsável” de politizar um caso de polícia. Segundo assessores presidenciais, o próprio Lula determinou à Controladoria-Universal da União (CGU) e ao Ministério da Previdência que colaborem integralmente com as investigações.
“Não há qualquer proteção institucional. Quem for culpado, que pague pelos seus atos. Mas não vamos permitir que isso seja usado para golpismos travestidos de legitimidade”, declarou um ministro petista, que vê a estratégia da oposição uma vez que “eleitoreira e desesperada”.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também se pronunciou. Em entrevista à prelo, ele reconheceu a sisudez do caso, mas reforçou que o INSS tem pretérito por um processo contínuo de digitalização e transparência. Segundo ele, “as fraudes não começaram agora, mas agora estão sendo enfrentadas com firmeza”.
Pronunciação silenciosa e espeque popular incerto
A apresentação de um pedido de impeachment exige ao menos 171 assinaturas de deputados, número que a oposição afirma já estar próxima de entender. No entanto, para que o processo avance, é necessário que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aceite dar seguimento — um tanto que, até o momento, é considerado improvável, mormente diante da relação pragmática entre o Executivo e o Congresso.
Apesar disso, opositores esperam que a pressão popular e a repercussão midiática do escândalo possam mudar o cenário. Nas redes sociais, hashtags uma vez que #ImpeachmentDoLula e #FraudeNoINSS figuraram entre os assuntos mais comentados do dia.
Analistas políticos, porém, ponderam que o impeachment ainda está distante. “O caso é grave, mas carece de uma relação direta entre o presidente e as irregularidades. O Congresso dificilmente apostaria em um movimento tão drástico sem um clamor popular mais robusto”, avaliou o observador político Marco Aurélio Vasconcelos.
Escândalo abala imagem do governo
A crise no INSS surge em um momento quebradiço para o governo Lula, que já enfrenta críticas por questões econômicas, uma vez que a subida do dólar e a desaceleração do desenvolvimento. Aliás, pautas uma vez que a reforma tributária e a política de preços dos combustíveis têm gerado desgaste junto à opinião pública.
Para o eleitorado que confiava em uma gestão “moral e técnica”, uma vez que foi prometido na campanha de 2022, o incidente representa uma frustração significativa. Especialistas alertam que a imagem do governo pode transpor profundamente arranhada se não houver respostas rápidas e eficazes.
Enquanto isso, os movimentos de bastidores continuam. Mesmo que o impeachment ainda pareça improvável, o incidente marca uma escalada na tensão entre Planalto e Congresso — e reacende um debate que há muito tempo não ganhava força: a responsabilização política de um presidente por preterição administrativa.
Resta saber se a oposição terá fôlego e base suficiente para transformar a indignação em ação concreta ou se tudo não passará de mais um capítulo na polarização crônica da política brasileira.
https://politicaonlinebrasil.com/impeachment-de-lula-ganha-forca-apos-escandalo-do-inss/ / Nascente/Créditos -> Politica Online Brasil