Na sessão desta terça-feira, 6 de maio, os ministros Luiz Fux e Alexandre de Moraes usaram seus espaços de fala no Supremo Tribunal Federalista (STF) para falar publicamente sobre um suposto conflito entre ambos. A revelação ocorreu durante o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Universal da República (PGR) contra o chamado “núcleo 4” da suposta tentativa de golpe de Estado.
Luiz Fux foi o primeiro a se pronunciar.
“Andei lendo, na prensa, algumas coisas completamente dissonantes da veras”, disse, ao rebater a narrativa de que estaria atuando para fazer frente a Moraes dentro da Golpe.
“Eu e o ministro Alexandre temos uma amizade anterior à ingresso dele no STF. Eu reverência muitíssimo o trabalho dele, que foi minucioso e robusto, realizado sem prejuízo das outras funções dele.”
Fux enfatizou que, no Supremo, o que há é “dissenso, e não discórdia”. Ele ressaltou que suas eventuais divergências são estritamente técnicas e naturais no envolvente jurídico:
“Se alguma pilastra apurou que estou cá para fazer frente a Moraes, apurou mal. Estou cá mantendo pontos de vista que me parecem adequados à luz da minha visão de Recta.”
Em resposta, Moraes também criticou o que chamou de tentativa de transformar o STF em espetáculo midiático.
“Querem transformar o Supremo em uma revista Caras. Tiram foto da minha gravata, do terno do ministro Flávio Dino. Querem fazer intriga, e, obviamente porquê Vossa Primazia disse, zero disso é levado em conta”, afirmou.
O tecido de fundo da discussão foram os julgamentos recentes, porquê o caso da cabeleireira Débora dos Santos, envolvida nos atos de 8 de janeiro. Na ocasião, Fux divergiu de Moraes quanto à dosimetria da pena, sugerindo um ano e meio de prisão, frente aos 14 anos propostos por Moraes. Informações Jornal da cidade
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