O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), encontra-se no meio de mais um incidente que pode colocar à prova sua coragem – ou revelar uma postura seletiva no uso de seu poder. A estudo, feita em tom incisivo pelo médico Pedro Possas em cláusula publicado no Jornal da Cidade Online, traz uma reflexão sátira sobre a postura do ministro, divulgado por sua mão pesada contra alvos políticos e civis de pouca influência.
Para Possas, prender pipoqueiro, vendedor de picolé ou influenciador do dedo não é exatamente uma mostra de coragem. “Prender pipoqueiro e vendedor de picolés é tenro”, resume ele, em referência às ações repressivas que, segundo críticos, têm mirado pequenos alvos com mão de ferro e ignorado nomes mais poderosos ou situações mais sensíveis no tabuleiro político e geopolítico.
A provocação lançada por Possas tem uma vez que tecido de fundo a presença de um investigador norte-americano em solo brasílio. Trata-se de um ex-militar que atuou no Afeganistão, agora supostamente incumbido de apurar, em nome de interesses dos EUA, suspeitas de irregularidades que poderiam levar à emprego de sanções a autoridades brasileiras – entre elas, segundo Possas, o próprio Moraes.
“O sujeito não precisou de porta-aviões, nem de um destacamento militar. Bastou um varão, um soldado treinado, para chegar até cá e iniciar uma investigação que pode resultar em cassação de visto e até sanções econômicas internacionais”, afirma o médico. Para ele, esse movimento coloca o ministro diante de um dilema real: “É nessa hora que se mede o tamanho da coragem, ou da loucura de um varão”, provoca.
A fala de Pedro Possas toca num ponto sensível da política vernáculo: a crescente presença de interesses estrangeiros na vigilância e pressão sobre autoridades brasileiras. No caso citado, a alegado é de que o investigador, supostamente a serviço de órgãos dos EUA, estaria reunindo provas para fundamentar ações que podem isolar financeiramente figuras-chave do Judiciário brasílio. Não seria, portanto, um ataque direto, mas uma ação silenciosa, que visa atingir o bolso e o prestígio internacional daqueles que se colocam uma vez que intocáveis dentro do país.
Nesse contexto, o duelo a Moraes não é meramente jurídico ou institucional. Trata-se de um embate simbólico entre quem se diz patrono da democracia e da ordem e aqueles que o veem uma vez que figura autoritária, que age seletivamente com base em critérios políticos.
Pedro Possas faz questão de lembrar o famoso incidente do “cabo e do soldado”, usado uma vez que metáfora no pretérito por críticos do STF para ilustrar a suposta fragilidade do tribunal frente a pressões reais. “Lembra do cabo e do soldado? Pois é, está aí. Manda prender o xerifão! Mostra quem manda!”, ironiza o médico, sugerindo que a firmeza de Moraes diante de figuras externas poderosas será o verdadeiro termômetro de sua valentia.
Para muitos, Moraes construiu sua imagem pública uma vez que um magistrado implacável contra o que considera ameaças à democracia, sobretudo no contexto das fake news e de atos antidemocráticos. No entanto, críticos apontam que essa atuação se restringe, em sua maioria, a alvos previsíveis, uma vez que políticos da oposição, empresários conservadores ou cidadãos comuns envolvidos em manifestações e publicações nas redes sociais.
Agora, diante da possibilidade de uma investigação internacional e de consequências reais para sua reputação e liberdade de movimento fora do Brasil, Moraes poderá provar se é, de trajo, um varão de coragem — ou se sua firmeza é seletiva e limitada à proteção do próprio sistema em que atua.
A sátira de Pedro Possas transcende o incidente em si e lança uma pergunta para a sociedade brasileira: estamos diante de líderes corajosos, que enfrentam qualquer tipo de prenúncio, interna ou externa? Ou vivemos sob a domínio de figuras que preferem o conforto do autoritarismo doméstico, evitando o confronto com forças realmente poderosas?
A resposta talvez venha nos próximos dias. Com os holofotes voltados para o STF e a crescente atenção internacional sobre a atuação de magistrados brasileiros, Moraes terá pouco espaço para indeterminação. Uma vez que lembra o médico, essa pode ser a hora da verdade.
“Coragem não é prender quem não oferece transe. Coragem é enfrentar quem realmente pode te derrubar”, finaliza Pedro Possas, em uma frase que ecoa uma vez que duelo – e uma vez que mensagem.
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