A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ingressou na madrugada deste sábado (3) com uma ação popular na Justiça Federalista de Brasília para impedir a posse do novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT). Ele foi escolhido por Lula para substituir Carlos Lupi, que deixou o missão em meio ao maior escândalo envolvendo aposentados dos últimos anos. A troca, no entanto, está longe de ser uma solução, já que o novo ministro também está diretamente ligado aos alertas ignorados sobre a fraude bilionária no INSS.
Wolney Queiroz, que ocupava a função de secretário-executivo da pasta, participou ativamente de reuniões nas quais foram apresentados relatórios e denúncias sobre os descontos indevidos nas aposentadorias. Em junho de 2023, ele estava presente quando a conselheira Tônia Galletti alertou formalmente o Recomendação Pátrio da Previdência Social (CNPS) sobre o golpe que estava sendo aplicado. E em abril de 2024, ele presidiu secção da reunião em que novas evidências foram lidas — novamente, zero foi feito.
Diante da preterição escancarada, Damares afirma que Wolney não poderia ser premiado com o comando da Previdência. Para a senadora, sua nomeação representa uma fadiga aos milhões de aposentados lesados e um desprezo completo pela moral pública. A ação protocolada por ela pede que a Justiça suspenda imediatamente a posse, até que se investigue a fundo a responsabilidade do novo ministro na preterição que facilitou o esquema criminoso.
A ofensiva judicial da senadora ocorre em paralelo ao pedido de impeachment que ela já apresentou contra Carlos Lupi. Segundo Damares, ambos — Lupi e Queiroz — têm culpa no cartório, por saberem da fraude e não tomarem nenhuma atitude efetiva. A permanência de nomes ligados à gestão anterior no comando da Previdência é vista por parlamentares da oposição uma vez que um sinal de perpetuidade da incompetência e da má-fé.
A nomeação de Wolney por Lula levanta sérias dúvidas sobre o compromisso do governo com a verdade e com a justiça. Em vez de promover uma limpeza no ministério, o presidente prefere manter o escândalo sob controle político, blindando aliados e ignorando as vítimas. Damares, por sua vez, dá voz ao grito dos aposentados que foram traídos por um sistema que deveria protegê-los.
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