O senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do Partido Liberal no Senado, provocou potente repercussão política ao declarar que os ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF), Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, podem vir a ser presos por injúria de domínio, caso não seja aprovada uma anistia ampla para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. As declarações foram feitas durante um jantar da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, realizado em Brasília, no último dia 1º de maio.
O apelo por anistia: “ampla, universal e irrestrita”
Portinho defendeu com veemência a premência de o Congresso confirmar, com urgência, o projeto de anistia que está em tramitação na Câmara dos Deputados. O texto procura beneficiar todos os envolvidos nas manifestações que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo ele, sem essa anistia, os próximos anos serão marcados por intensas investigações sobre os procedimentos adotados pelo Judiciário na transporte desses casos. “A direita vai voltar ao poder em 2027. Se não tiver anistia, vai ter CPI do injúria de domínio, CPI da Lava-Toga e impeachment de ministros, um a um”, declarou, indicando que o porvir político poderá ser ainda mais turbulento.
O foco nas eleições de 2026
As declarações do senador fazem segmento de um cenário político mais grande. A eleição de 2026 deverá renovar dois terços das cadeiras do Senado, e, de consonância com Portinho, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem porquê objetivo formar uma base sólida de direita na Vivenda. Com maioria, seria provável levar adiante pedidos de impeachment contra ministros do STF que hoje estão engavetados.
Essa estratégia está sendo cuidadosamente montada por aliados do ex-presidente, que veem no Senado o terreno mais fértil para reagir ao que consideram excessos do Judiciário. O impeachment de ministros, apesar de ser um processo multíplice e de difícil aprovação, tem se tornado uma taxa estável nas falas da oposição.
Barroso e Moraes no meio da tempestade
Os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, atuais protagonistas de importantes decisões judiciais, foram os principais alvos dos ataques verbais de Portinho. Moraes, relator dos inquéritos relacionados aos atos do 8 de janeiro, é indicado por setores da direita porquê um símbolo de suposto autoritarismo por segmento do Judiciário.
Já Barroso, que hoje preside o STF, também vem sendo criticado por aliados de Bolsonaro em seguida se recusar a sujeitar ao plenário da Incisão um julgamento que envolve diretamente o ex-presidente. Essa postura foi interpretada porquê tentativa de proteger figuras específicas do debate público e da transparência institucional.
Críticas a Rodrigo Pacheco
Além das acusações contra o STF, Portinho voltou no tempo para criticar duramente o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, Pacheco cometeu um erro grave ao sentenciar arquivar, em 2021, o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes apresentado por Jair Bolsonaro.
“Ali, o Pacheco perdeu a chance de colocar o Congresso em pé de paridade com o Supremo”, disse Portinho, sugerindo que o Legislativo se acovardou diante do Judiciário. Para o senador, esse momento foi um divisor de águas na relação entre os Poderes, e a oportunidade de restabelecer o estabilidade institucional foi desperdiçada.
Um Congresso mais combativo
As declarações do senador também refletem o libido de uma segmento do Parlamento de exercitar um papel mais ativo na fiscalização do Judiciário. Com o progressão das investigações relacionadas ao 8 de janeiro e a consequente prisão de centenas de envolvidos, cresce entre setores da direita a percepção de que houve excesso na atuação dos ministros.
Portinho, assim porquê outros parlamentares de sua traço ideológica, acredita que os julgamentos conduzidos pelo STF precisam ser revistos e que a anistia não é unicamente uma solução jurídica, mas também política. “Não é sobre impunidade, é sobre estabilidade e reverência entre os Poderes”, justificou.
O porvir das instituições brasileiras
As falas de Carlos Portinho não passaram despercebidas e prometem acirrar ainda mais os ânimos entre os Três Poderes. Enquanto o Supremo defende sua atuação com base na Constituição e na premência de prometer a ordem democrática, parlamentares de oposição alegam perseguição política e injúria de domínio.
Diante desse cenário, a aprovação ou não do projeto de anistia será um divisor de águas. Caso a proposta seja barrada ou postergada, porquê indicam algumas lideranças do Centrão, é provável que o clima de enfrentamento continue até 2027 — ano em que a direita, porquê espera Portinho, possa retomar o controle do Executivo e aumentar sua influência no Legislativo.
Considerações finais
O cenário político brasílico segue tensionado, com promessas de investigações, CPIs e até impeachment de ministros do Supremo, dependendo do resultado das urnas em 2026. Carlos Portinho se posiciona porquê uma das vozes mais incisivas nesse embate, defendendo que o Legislativo recupere protagonismo e limite o que labareda de “excessos do Judiciário”.
O debate está longe de terminar, e o porvir institucional do país dependerá, em grande segmento, da capacidade de diálogo entre os Poderes — ou da força política que cada um conseguir reunir nas próximas disputas eleitorais.
https://politicaonlinebrasil.com/3004-2/ / Manadeira/Créditos -> Politica Online Brasil