O deputado federalista Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos parlamentares mais populares e votados do país, foi réprobo pela 12ª Vara Cível de Brasília a remunerar uma indenização de R$ 200 milénio por suposto “dano moral coletivo” à população LGBTI+. A sentença gerou uma avalanche de reações no meio político e entre seus apoiadores, que classificaram a decisão judicial uma vez que “absurda” e “intolerável”.
A origem da pena está em um incidente ocorrido na tribuna da Câmara dos Deputados, em março de 2023, quando Nikolas fez um oração usando uma peruca loira e disse que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. Na ocasião, o parlamentar se apresentou uma vez que “Nikole” e utilizou o momento para criticar a participação de pessoas trans em espaços designados às mulheres biológicas.
A encenação gerou potente repercussão à quadra e culminou em uma ação social pública movida pela Coligação Vernáculo LGBTI+ e pela Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh), que acusaram Nikolas de transfobia, oração de ódio e incitação à violência.
Na sentença divulgada nesta terça-feira (30), a juíza responsável pelo caso considerou que as falas do deputado ultrapassaram os limites da liberdade de sentença garantida pela Constituição, mesmo considerando sua isenção parlamentar. Segundo ela, o teor “descredibiliza a identidade de gênero assumida pela população transexual e insufla a sociedade a fazer o mesmo”.
A magistrada afirmou ainda que Nikolas teria feito uso do procuração parlamentar para disseminar preconceitos e desinformações contra uma minoria historicamente vulnerável. Por essa razão, fixou o valor da indenização em R$ 200 milénio, a ser talhado a fundos de pedestal à população LGBTQIA+.
Parlamentar reage à decisão
Posteriormente a divulgação da pena, Nikolas Ferreira se manifestou por meio de suas redes sociais e afirmou que a sentença é “um ataque direto à liberdade de sentença e à isenção parlamentar”. O deputado disse que irá recorrer da decisão e que não aceitará ser mudo por “militâncias ideológicas travestidas de justiça”.
“Eu usei o meu recta de me expressar e fiz uma sátira política legítima. Não incitei violência, não citei nomes, não cometi violação qualquer. Isso é uma tentativa descarada de repreensão e perseguição. Querem impor uma verdade única e emudecer quem pensa dissemelhante”, declarou Nikolas.
Pedestal entre conservadores e críticas da esquerda
A pena gerou potente repartição no meio político. Deputados da bancada conservadora manifestaram solidariedade a Nikolas e classificaram a decisão uma vez que mais um exemplo de judicialização da política. A deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou que a sentença “viola as prerrogativas do Parlamento” e representa um precedente perigoso contra o livre manobra do procuração parlamentar.
Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou: “Estamos vendo uma escalada autoritária do Judiciário contra parlamentares que unicamente exercem o seu recta de opinar. R$ 200 milénio por um oração? Isso é um sem razão”.
Em contrapartida, parlamentares da esquerda e de movimentos progressistas celebraram a decisão uma vez que “uma vitória contra o preconceito”. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP), mulher trans, afirmou que a decisão “é simbólica e necessária diante de ataques frequentes à população trans por segmento de setores retrógrados do Congresso”.
Juristas debatem limites da isenção parlamentar
A sentença também reacendeu o debate sobre os limites da isenção parlamentar. Enquanto segmento dos juristas considera que as falas de Nikolas estão protegidas pelo Cláusula 53 da Constituição — que garante a isenção social e penal por opiniões, palavras e votos —, outros entendem que a isenção não pode ser escudo para o que classificam uma vez que oração de ódio.
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