Uma coincidência incomum — ou talvez reveladora — marcou a cobertura da sessão do Supremo Tribunal Federalista (STF) nesta semana. Durante o julgamento de novos réus por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes fez uma pergunta contundente:
“Se um grupo invadisse sua vivenda, destruísse tudo e quisesse tomar o comando à força, você pediria anistia para essas pessoas?”
A mesma indagação havia sido feita, poucas horas antes, pela jornalista Eliane Cantanhêde, ao vivo na GloboNews, com a salvaguarda de que a pergunta havia sido enviada por um ministro do STF, em off, para que fosse levada ao público. A semelhança de timing e teor despertou reações nas redes sociais, reforçando críticas sobre a proximidade entre setores da prelo e membros do Judiciário.
“Jornalista pergunta, ministro responde — não o contrário”
A repercussão ganhou força quando colunistas porquê J. R. Guzzo, da Revista Oeste, classificaram o incidente porquê “mais um sintoma da simbiose entre secção da mídia e o chamado consórcio Lula-STF”. Para ele, o caso representa uma inversão preocupante:
“Quem pergunta é o jornalista. A poder, se quiser, que responda — e não use o jornalista porquê porta-voz para manipular a narrativa pública.”
Guzzo também questiona o silêncio das redações sobre esse tipo de situação, que, segundo ele, esvazia a independência editorial e compromete a credibilidade do jornalismo profissional.
Relação entre prelo e Judiciário em xeque
O incidente reacende um debate macróbio sobre vazamentos seletivos, fontes privilegiadas dentro das cortes superiores e a influência de ministros do STF no debate público — não exclusivamente por meio de decisões jurídicas, mas também por meio de off the records estrategicamente plantados.
Essa simbiose é vista por críticos porquê um fator de desequilíbrio institucional, em que jornalistas deixam de atuar porquê fiscalizadores para se tornarem mensageiros da toga.
A politização da toga
Desde os desdobramentos da Operação Lava Jato, passando pela polarização da pandemia, e agora com os casos relacionados aos ataques de 8 de janeiro, o STF assumiu protagonismo na política vernáculo. Moraes, em próprio, se destacou por suas decisões duras contra bolsonaristas radicais e por sua retórica firme na resguardo da democracia.
Mas, para secção da população — mormente os eleitores da direita —, essa atuação deixou de ser vista porquê jurídica e passou a ser interpretada porquê político-partidária. E, quando jornalistas se alinham a esse exposição, a suspeição cresce.
Poxa, quem será esse ministro do STF que fica dando off pra prelo, hein?
A Eliane Cantanhêde recebeu uma pergunta de um ministro do STF em off e o ministro Alexandre de Moraes fez exatamente a mesma pergunta na sessão de hoje.
Coincidência, evidente. pic.twitter.com/YpANaY8qCm— Enio Viterbo (@EnioViterbo) April 22, 2025
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