De congraçamento com Tiago Fernando Correia, mandatário responsável pelo caso, caso Augusto Melo opte por não comparecer, existe a possibilidade de o sindicância ser finalizado mesmo sem a oitiva com o dirigente
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, teve recusado o pedido de protraimento do testemunho à Polícia Social no caso Vai de Bet. A oitiva com o mandatário alvinegro está agendada para suceder nesta quarta-feira (16), na sede da 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), às 14h. A informação foi divulgada pela CNN. A reportagem entrou em contato com a resguardo do investigado para revelação, mas não obteve resposta. O pedido foi recusado por Tiago Fernando Correia, mandatário responsável pelo caso. De congraçamento com ele, caso Augusto Melo opte por não comparecer à polícia para prestar testemunho, existe a possibilidade de o sindicância ser finalizado mesmo sem a oitiva com o dirigente.
Do ponto de vista jurídico, o gesto pode ser considerado uma autodefesa. Isso porque, na quesito de investigado, o presidente corintiano não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Da mesma forma que ele poderia comparecer à delegacia e permanecer em silêncio. Em contrapartida, a polícia considera que já têm material suficiente para fechar o sindicância. Nesta terça-feira, será a vez do ex-superintendente de marketing do Corinthians Sérgio Moura prestar testemunho. Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, foi a primeira pessoa ligada ao clube a falar com a Polícia Social. A oitiva durou aproximadamente três horas.
“Respondemos todas as perguntas e ficou esclarecido e comprovada a absoluta inocência do senhor Marcelo Mariano de todos os fatos que estão sendo apurados”, afirmou Átila Machado, jurisperito de Marcelo Mariano, em conversa com jornalistas na saída da delegacia. “O processo está em sigilo e não podemos declinar esses fatos específicos, mas podemos falar com tranquilidade e com responsabilidade que tudo foi respondido e esclarecida a inocência do senhor Marcelo.”
Entenda o caso
Em janeiro de 2024, o Corinthians anunciou a Vai de Bet porquê patrocinadora máster, em um congraçamento de R$ 360 milhões por três anos de contrato. A morada de aposta rescindiu de maneira unilateral em junho, depois vir à tona os repasses de segmento da percentagem pela Rede Media Social Ltda, intermediadora citada no contrato, para a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, suposta empresa “laranja” que está no nome de Edna Oliveira dos Santos, mulher de origem humilde que vive em Peruíbe, no litoral paulista. O clube realizou dois depósitos de R$ 700 milénio cada à intermediária.
O CNPJ da Rede Media Social Ltda está no nome de Alex Fernando André, mais espargido porquê Alex Cassundé, velho membro da equipe de notícia do presidente Augusto Melo. O contrato do Corinthians com a Vai de Bet previa o pagamento de 7% do montante líquido de cada parcela de patrocínio à intermediadora. Ou seja, 700 milénio por mês ao longo de três anos, resultando em R$ 25,2 milhões ao termo do contrato.
Alex Cassundé prestou testemunho à Polícia Social em 25 de junho e negou que tenha cobrado por sua segmento na negociação. Ele disse que não conhecia a empresa até perguntar por “dicas de porquê encontrar uma empresa de bet” ao ChatGPT, perceptibilidade sintético generativa da OpenAI. Foi a partir da resposta, segundo ele, que encontrou a Vai de Bet e chegou ao contato de um sócio da morada de apostas.
Com a resposta, ele acionou Sérgio Moura e encaminhou o contato da Vai de Bet a Marcelo Mariano. Cassundé atuou na campanha de Augusto Melo, no final de 2023, e apontou sua relação com o clube por meio dos dirigentes. Com relação aos dois depósitos de R$ 700 milénio à Neoway, o empresário disse em testemunho que o pagamento era referente a um serviço de telemedicina, mas que foi vítima de um golpe. Mas, não registrou boletim de ocorrência.
O Estadão apurou que um dos caminhos que o verba tomou depois transpor da Neoway é uma empresa ligada ao delito organizado.
Segundo relatório técnico da DPPC, as primeiras informações disponíveis no aparelho celular de Alex Cassundé datam de 30 de maio de 2024, exatamente um dia depois do início das investigações, reforçando a hipótese de o aparelho foi restaurado ou que todas as informações anteriores tenham sido deliberadamente apagadas.
Versão contraditória
Em dezembro de 2024, o empresário José Andre da Rocha Neto, proprietário da Vai de Bet, deu versão dissemelhante de Cassundé à Polícia Social sobre a origem do congraçamento de patrocínio entre a morada de aposta e o Corinthians. O empresário afirma que foi ele quem teve a iniciativa de procurar o clube paulista para oferecer o negócio, contradizendo Alex Cassundé. À era, o jurisperito do proprietário da intermediadora afirmou que as informações prestadas em junho foram “sustentadas por provas de porquê os fatos aconteceram”.
José da Rocha Neto afirmou à polícia que, ao tomar conhecimento da procura do Corinthians por um novo patrocinador master, entrou em contato com Antônio Pereira dos Santos, também espargido porquê Toninho, empresário de Goiânia do ramo sertanejo, ex-empresário de Gusttavo Lima, mensageiro da Vai de Bet, e parceiro de nomes porquê a dupla Maraia e Maraísa, e Marília Mendonça. O proprietário da morada de aposta afirma ter pedido ajuda ao colega em 25 de dezembro de 2023 porque ele teria contatos no futebol. O encontro com membros do Corinthians aconteceu logo no dia seguinte, no Hotel Tivoli, em São Paulo.
O proprietário da Vai de Bet afirma que no encontro estavam Marcelo Mariano, Augusto Melo, Toninho e mais duas pessoas. Em determinado momento do encontro, o presidente do Corinthians saiu para outra reunião e o negócio foi fechado depois muro de duas horas com Marcelo. “Deixamos notório que a (percentagem) da intermediação seria nesses R$ 360 milhões, mas não me meti em porcentual de intermediador”.
O empresário disse ainda que não teve contato com mais ninguém do Corinthians depois fechar o congraçamento, com exceção de Marcelo Mariano, com quem discutiu porquê a marca da Vai de Bet seria utilizada no clube, e que não participou da coletiva do proclamação da parceria porque estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos. Por isso, pediu a André Murilo de Paes Bezerra, diretor administrativo da Vai de Bet, para participar do proclamação.
André Murilo prestou testemunho no mesmo dia e também afirmou que nunca teve contato com Alex Cassundé e que, em nenhum momento, recebeu relação do intermediário assinalado no contrato com o Corinthians e não tem conhecimento de conversas entre Cassundé e qualquer outro representante da marca. Posteriormente o caso vir à tona, José André conta que acionou a equipe jurídica da Vai de Bet.
Impeachment
A polêmica envolvendo o contrato com a Vai de Bet implicou na saída de diversos diretores da atual gestão e na rombo de um processo de impeachment contra Augusto Melo ainda em 2024, seu primeiro ano de procuração. A reunião do Parecer Deliberativo (CD) que poderia definir o progresso da destituição do presidente foi marcada por bate-boca, discussão e protraimento depois o Batalhão de Choque da Polícia Militar ser acionado para evitar um agravamento da confusão. A admissibilidade da votação foi referendada, mas ainda não há data para a retomada da reunião.
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Na última semana, Augusto Melo conseguiu uma vitória nos bastidores e viu Romeu Tuma Jr., presidente do CD, ser longínquo preventivamente por supostamente agir com parcialidade na transporte do processo. O mandatário acredita que o processo de impeachment fere o regime e cita a decisão do Parecer de Moral do clube, que sugeriu o aguardo do termo das investigações pela Polícia Social para, enfim, debater o tema internamente.
*Com informações do Estadão Teor
Publicado por Fernando Dias
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