A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF) vai retomar, no próximo dia 25 de abril, o julgamento da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de participar dos atos de 8 de janeiro de 2023. Ela ficou conhecida em seguida redigir, com batom, a frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, localizada em frente à sede da Galanteio, em Brasília. O caso, que havia sido interrompido por um pedido de vista do ministro Luiz Fux, será analisado em sessão virtual até 6 de maio. Na modalidade virtual, os ministros somente registram seus votos no sistema, sem discussão vocal.
Débora responde por associação criminosa armada, tentativa de derrogação violenta do Estado Democrático de Recta, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e ameaço contra o patrimônio da União. O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou por condená-la a 14 anos de prisão e ao pagamento de multa de R$ 30 milhões, valor que deve ser dividido entre os condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes. Até o momento, somente Moraes e o ministro Flávio Dino votaram pela pena. Faltam os votos dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Débora foi presa em março de 2023, durante a oitava tempo da Operação Lesa Pátria da Polícia Federalista. Ela ficou mais de 400 dias detida preventivamente sem ter sido denunciada formalmente — período que seus advogados consideram ilícito. Atualmente, cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e está proibida de usar redes sociais, dar entrevistas e manter contato com outros investigados. A resguardo afirma que as acusações são genéricas e nega que Débora tenha participado de atos violentos ou invadido prédios públicos.
Em missiva enviada ao STF, a ré pediu desculpas e alegou que somente completou a frase iniciada por outra pessoa.
“Eu queria ser ouvida, queria maiores explicações sobre o resultado das eleições”, escreveu. O julgamento da Primeira Turma definirá se Débora será condenada nos moldes propostos por Moraes ou se haverá revisão da pena.
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