A China reagiu com força à ofensiva tarifária dos Estados Unidos e anunciou nesta sexta-feira (11) o aumento das tarifas de importação sobre produtos americanos para 125%, em resposta direta à decisão do presidente Donald Trump, que havia saliente as taxas sobre produtos chineses para 145%. A escalada reforça o temor de uma recessão global e amplia as tensões comerciais que ameaçam as cadeias de fornecimento internacionais.
A medida chinesa foi classificada por Pequim uma vez que uma reação proporcional à intimidação unilateral por segmento dos EUA, que, segundo o Ministério das Finanças da China, viola “as regras do negócio internacional, o bom siso e as leis econômicas básicas”.
Refrigério temporário nos mercados não se sustenta
Horas antes, Trump havia anunciado uma trégua de 90 dias nas tarifas para dezenas de países que não retaliaram os EUA, o que trouxe um breve consolação aos mercados. No entanto, a atenção rapidamente voltou-se para o confronto direto com a China, principal parceiro mercantil americano, e os temores de recessão voltaram a dominar o cenário global.
Os principais índices asiáticos e europeus recuaram, seguindo o trambolhão de Wall Street. O índice pan-europeu STOXX 600 caiu mais de 1%, e a volatilidade nos mercados atingiu níveis não vistos desde os primeiros meses da pandemia de Covid-19. O dólar recuou, os títulos do Tesouro americano foram vendidos em tamanho e o ouro disparou, atingindo novas máximas históricas uma vez que ativo de proteção.
“O risco de recessão é muito, muito maior agora do que há algumas semanas”, avaliou Adam Hetts, director global de multiativos da Janus Henderson.
Tentativas de diálogo não acalmam os mercados
Em uma tentativa de sustar os danos, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que mais de 75 países estão dispostos a iniciar negociações comerciais. Trump também sinalizou que um entendimento com a China ainda é verosímil e elogiou o presidente chinês, Xi Jinping, chamando-o de “camarada de longa data”.
“Acho que acabaremos trabalhando em um pouco que seja muito bom para ambos os países”, declarou Trump a jornalistas na Moradia Branca.
Em resposta, Xi Jinping afirmou, durante um encontro com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, que a China e a União Europeia devem se opor a atos unilaterais de coerção e tutorar a ordem global baseada em regras, segundo informou a escritório estatal Xinhua.
Europa alerta para verosímil recessão
As autoridades europeias alertam que o impacto das tarifas americanas pode simbolizar uma perda de 0,5% a 1,0% do PIB da União Europeia. Considerando que a estimativa de propagação para a região é de unicamente 0,9% em 2024, segundo o Banco Medial Europeu, o cenário já projeta um risco real de recessão na Europa.
Enquanto isso, os EUA iniciaram negociações formais com o Vietnã, país que vem sendo usado uma vez que rota escolha para produtos chineses com tramontana ao mercado americano, segundo revelou a escritório Reuters. O Japão também mobilizou uma força-tarefa para tratar do tema e pretende visitar Washington na próxima semana.
https://www.conexaopolitica.com.br/economia/china-eleva-tarifas-para-125-em-resposta-a-trump-e-agrava-risco-de-recessao-global/ / Natividade/Créditos -> Conexao Politica