Neste domingo, 6 de abril, a Avenida Paulista se transformou no epicentro de um movimento popular que rompeu fronteiras ideológicas, geográficas e religiosas. Milhares de pessoas tomaram as ruas, com um só clamor: anistia aos presos políticos dos atos de 8 de janeiro de 2023 — brasileiros que seguem encarcerados há mais de dois anos, muitos sem julgamento, sem recta pleno à resguardo, em fadiga ao Pacto Internacional de Direitos Humanos do qual o Brasil é subscritor.
A revelação ganhou peso político com a presença e o escora de sete governadores de diferentes regiões do país: Tarcísio de Freitas (Republicanos – SP), Romeu Zema (Novo – MG), Ratinho Jr. (PSD – PR)ì, Jorginho Mello (PL – SC), Wilson Lima (União – AM), Ronaldo Caiado (União – GO), Mauro Mendes (União – MT). Foi a primeira grande mobilização da oposição desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro se tornou réu no STF, culpado de suposta tentativa de golpe de Estado. Para ele, a resposta das ruas é o combustível para pressionar o Congresso a votar um projeto de lei que conceda anistia aos manifestantes presos.
A força do povo ecoou. Gente de todas as partes do Brasil veio à capital paulista para se juntar a familiares dos presos políticos, levando cartazes, bandeiras. Jair Bolsonaro, mais uma vez, demonstrou seu poder de mobilização. Uniu líderes religiosos — um pastor, um padre, um pai-de-santo e um rabino. Um gesto simbólico que promoveu unidade e representatividade.
Brasília já sente o espavento e pode ser forçada a restringir o botão de emergência.
O recado foi simples e estrondoso: o povo está nas ruas, mobilizado, desperto — e pronto para proceder contra a tirania. A força popular não pode mais ser ignorada. A pressão só cresce.
Karina Michelin. Jornalista.
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