A Prefeitura do Rio de Janeiro recuou e decidiu excluir práticas de trato ancestrais de matrizes africanas e indígenas da promoção de saúde complementar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, a gestão municipal explicou que a revogação ocorreu a partir do entendimento de que “saúde pública é realizada baseada em ciência”.
– Outrossim, a revogação segmento do princípio de que o Estado é secular e não deve misturar crenças religiosas em políticas públicas de saúde – adicionou a prefeitura.
A decisão ocorreu na última terça-feira (25), uma semana depois o município carioca legitimar rituais e oferendas praticados nas religiões de matriz africana, uma vez que o candomblé e a umbanda, além de banhos, chás, defumações, escalda-pés e benzedeiras dentro das políticas públicas de saúde.
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As secretarias de Meio Envolvente e Clima e Saúde haviam dito que a inclusão de tais práticas tratava-se de um ato de reparação.
Posteriormente a prefeitura voltar detrás em sua decisão, entidades uma vez que a Rede Vernáculo de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro Saúde) chamaram o recuo de “racismo religioso” e “retrocesso”.
– Essa medida representa um retrocesso na valorização das práticas de saúde ancestrais e no reconhecimento dos territórios tradicionais de matriz africana uma vez que espaços de zelo e promoção da saúde. Desprezo das práticas ancestrais de zelo reconhecidas uma vez que complementares ao SUS e desrespeito à luta contra o racismo religioso, ao negar legitimidade aos espaços sagrados uma vez que promotores de bem-estar e saúde – argumentou a organização.
https://www.aliadosbrasiloficial.com.br/noticia/prefeitura-do-rio-recua-e-exclui-ritos-de-matriz-africana-do-sus/Manadeira/Créditos -> Aliados Brasil Solene