A líder do partido de direita gaulês Reagrupamento Vernáculo, Marine Le Pen, foi condenada pela Justiça francesa por meandro de verbas públicas do Parlamento Europeu. A sentença determina uma pena de quatro anos de prisão, sendo dois anos a serem cumpridos com monitoramento eletrônico, além de uma multa de €100 milénio e a inelegibilidade por cinco anos para cargos públicos.
O Tribunal de Paris concluiu que Le Pen, juntamente com outros oito eurodeputados e 12 assessores, participou de um esquema que desviou aproximadamente €2,9 milhões, utilizando contratos fictícios para financiar atividades partidárias. A juíza Bénédicte de Perthuis afirmou que “foi estabelecido que todas essas pessoas estavam realmente trabalhando para o partido, que seu legislador não havia oferecido a elas nenhuma tarefa”.
Durante o julgamento, Le Pen negou as acusações, alegando que os fundos foram utilizados de maneira legítima e que as funções de um assistente parlamentar foram definidas de forma restrita. Ela deixou o tribunal antes do término da sessão e planeja recorrer da decisão.
A pena ocorre em um momento em que Le Pen lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2027 na França. Uma pesquisa do instituto Ifop, publicada a alguns meses, indica que ela obteria entre 34% e 35% dos votos no primeiro vez.
A decisão judicial abriu reações de outras lideranças políticas. Nomes porquê Jordan Bardella, sucessor de Le Pen no partido, e Santiago Abascal, líder do partido espanhol Vox, criticaram a pena, considerando-a um ataque à democracia francesa.
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