O governo de Donald Trump destacou o Brasil uma vez que um dos países que impõem tarifas de importação relativamente altas sobre uma vasta gama de setores. O Escritório do Representante de Negócio dos EUA (USTR) afirmou que os exportadores americanos enfrentam grande incerteza no mercado brasiliano, uma vez que Brasília frequentemente altera suas tarifas de pacto com a flexibilidade permitida pelas regras do Mercosul.
Trump está prestes a anunciar um novo pacote de tarifas, com detalhes ainda envoltos em mistério, mas que promete originar impactos significativos para os parceiros comerciais dos Estados Unidos. O presidente norte-americano tem promovido a data do proclamação uma vez que o “dia da libertação” da América e “o grande”, e anunciou que apresentará “tarifas recíprocas” contra países que impõem tarifas sobre produtos americanos ou adotam políticas comerciais consideradas injustas.
A expectativa gerada em torno das novas tarifas reflete a tentativa de Trump de redefinir as relações econômicas dos EUA com o resto do mundo.
Entretanto, membros de sua governo sugerem que o foco das tarifas pode ser mais restrito, atingindo um grupo seleto de países. O ex-Secretário do Tesouro, Scott Bessent, em entrevista à Fox Business, mencionou os “países 15 Sujos”, referindo-se aos 15% dos países responsáveis pelo maior volume de negócio com os EUA, mas que impõem tarifas elevadas e outras “barreiras não tarifárias” sobre os produtos americanos.
Em espeque a essa estratégia, Kevin Hassett, ex-diretor do Juízo Econômico Pátrio, afirmou que a governo está considerando 10 a 15 países responsáveis pelo “déficit mercantil totalidade de um trilhão de dólares” dos Estados Unidos.
Dados do Departamento de Negócio dos EUA indicam que, em 2024, os maiores déficits comerciais dos EUA foram com países uma vez que China, União Europeia, México, Vietnã e Brasil.
Aliás, o USTR, em um aviso solicitando comentários públicos para revisão de “práticas comerciais injustas”, listou 21 países de “pessoal interesse”, entre eles o Brasil. Outros países da lista incluem Argentina, Austrália, Canadá, China, Japão, Índia, Rússia e Reino Uno. O governo Trump tem assinalado os déficits comerciais uma vez que prova de que seus parceiros estão “tirando vantagem” dos EUA, embora muitos economistas argumentem que as importações superiores às exportações dos EUA não são, por si só, um pouco negativo.
As novas tarifas anunciadas por Trump se somam a um conjunto de outras medidas já implementadas, uma vez que tarifas gerais sobre a China, tarifas sobre produtos canadenses e mexicanos, além de impostos sobre aço e alumínio, e tarifas sobre carros estrangeiros. O presidente também indicou que mais tarifas, incluindo sobre produtos farmacêuticos, estão por vir.
Em resposta às políticas tarifárias de Trump, uma comitiva de diplomatas brasileiros esteve nos Estados Unidos para discutir os efeitos dessas tarifas, que já afetam o Brasil, principalmente com a imposição de taxas de 25% sobre o aço e alumínio exportados para o país. A delegação, liderada por Maurício Lyrio, Secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, procura encontrar soluções para minimizar os impactos da política tarifária do governo Trump.
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