Bolsonaro compara STF a ditadura venezuelana

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o Brasil está vivendo uma das maiores “crises de sua história – não só econômica, mas também democrática”. A enunciação ocorre depois a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF) determinar nesta quarta-feira (26), tornar réus o político e outros sete ex-integrantes que fizeram segmento do governo do ex-presidente.

Bolsonaro afirma que a decisão “é exatamente o que vimos suceder na Venezuela, onde usaram a Justiça uma vez que arma para definir o resultado das eleições antes mesmo do povo votar”.

O ex-presidente acredita que no Brasil, estão tentando fazer a mesma coisa. Bolsonaro pondera que se pudesse concorrer às eleições de 2026, venceria. “É por isso que estão fazendo isso – não para ‘tutelar a democracia’, mas para se filar ao poder a qualquer dispêndio”, critica.

“O Brasil está vivendo uma das maiores crises de sua história – não só econômica, mas também democrática. Quando fui presidente, reduzimos a inflação, criamos empregos e trouxemos investimentos para o país uma vez que nunca antes. Agora, com a economia em queda livre, empresas fechando e famílias sem conseguir remunerar o capital, aqueles que deveriam governar para o povo estão preocupados com outra coisa: prometer que eu passe o resto da minha vida na calabouço para nunca mais disputar uma eleição.

Isso é exatamente o que vimos suceder na Venezuela, onde usaram a Justiça uma vez que arma para definir o resultado das eleições antes mesmo do povo votar. No Brasil, estão tentando fazer a mesma coisa. O nosso povo está sendo roubado do recta de escolher seu presidente. Nenhum país pode se invocar de democracia quando seu líder mais popular é retirado da disputa com manobras judiciais.

Todos sabem que, se eu pudesse concorrer, venceria. E é por isso que estão fazendo isso – não para ‘tutelar a democracia’, mas para se filar ao poder a qualquer dispêndio. Enquanto eles tentam silenciar a oposição, a economia afunda, os investidores fogem e o povo trabalhador paga a conta da incompetência.

Em vez de resolverem os problemas reais do Brasil, gastam tempo e moeda para prometer que eu nunca mais apareça numa cédula eleitoral.

O Brasil merece uma democracia de verdade – onde quem escolhe o presidente é o povo, na urna, e não meia dúzia de juízes dentro de um tribunal. O horizonte do nosso país está em jogo.”