Durante o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, iniciado em 25 de março de 2025 na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF), o ministro Flávio Dino citou os ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini. A sessão, que avalia se Bolsonaro e sete aliados se tornam réus por crimes uma vez que tentativa de derrogação violenta do Estado Democrático de Recta e golpe de Estado, chegou ao segundo dia em 26 de março de 2025.
Dino, ao proferir seu voto, acompanhou o relator Alexandre de Moraes, que já havia votado para concordar a denúncia da Procuradoria-Universal da República (PGR).
Dino mencionou Hitler e Mussolini ao abordar a sisudez de tentativas de golpe, destacando que aqueles que normalizaram a subida desses líderes nos anos 1920 e 1930, tratando-a uma vez que um processo político geral, se arrependeram ao ver as consequências, uma vez que os campos de concentração.
Ele afirmou: “Golpe de Estado é coisa séria”, rejeitando a teoria de que a carência de mortes imediatas no 8 de janeiro de 2023 tornaria o ato menos grave.
Para o ministro, a tentativa de ruptura democrática, mesmo não consumada, carrega um potencial de violência que não pode ser minimizado.
A denúncia da PGR acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa que planejou subverter o resultado das eleições de 2022, com ações que incluíam a elaboração de uma minuta golpista e pressões sobre as Forças Armadas.
Dino reforçou que os elementos apresentados, uma vez que a delação de Mauro Cid e provas documentais, sustentam a materialidade dos crimes. Até o momento, Moraes e Dino formam um placar de 2 a 0 em prol de tornar Bolsonaro réu, com os votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ainda pendentes na sessão retomada hoje à tarde.
A citação histórica de Dino procura contextualizar a seriedade da criminação, alinhando-se à visão de que tais atos ameaçam a democracia, independentemente de seu desfecho repentino.
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