Ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF) estariam avaliando, nos bastidores, a possibilidade de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteja preparando um projecto de fuga para evadir de investigações em curso no Supremo. A informação foi divulgada pela jornalista Andréia Sadi, no portal G1, veículo do Grupo Orbe.
De congraçamento com a publicação, a avaliação teria partido de dentro da própria Galanteio, posteriormente a repercussão da viagem de Eduardo Bolsonaro aos Estados Unidos. O deputado federalista relatou temor de medidas judiciais, uma vez que mortificação de passaporte ou eventual ordem de prisão, e por isso decidiu permanecer no exterior, enquanto articula com aliados e denuncia o que considera “perseguição judicial” a opositores do governo Lula.
Bolsonaro nega rumores: “Não vou trespassar do Brasil”
Em entrevista recente, o ex-presidente negou categoricamente qualquer intenção de fugir do país:
“A prelo especulando agora que vou fugir para a Embaixada dos Estados Unidos, não vou fugir, não vou trespassar do Brasil”, afirmou Bolsonaro.
O ex-chefe do Executivo é objectivo de diversas investigações no STF, incluindo o sindicância sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023 e a suposta tentativa de golpe de Estado, além de apurações relacionadas a uso indevido da máquina pública e vazamentos de dados sigilosos.
Proximidade entre STF e Grupo Orbe é objectivo de críticas
A publicação do G1 ocorre em meio a críticas sobre a relação entre o Grupo Orbe e o Judiciário. O conglomerado de mídia, que lidera os repasses de publicidade institucional do governo Lula III, mantém ampla interlocução com ministros do Supremo, com entrada antecipado a decisões e presença frequente de magistrados em seus veículos.
Críticos do atual cenário enxergam o grupo uma vez que porta-voz não solene do governo e da cúpula do Judiciário, o que levanta questionamentos sobre isenção jornalística e influência política.
STF teria minimizado impacto de ato em Copacabana
Segundo o G1, ministros do STF também minimizaram o impacto do ato realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, que reuniu mais de 400 milénio pessoas em resguardo de Jair Bolsonaro e da anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro. Apesar da grande adesão e repercussão internacional, a avaliação interna da Galanteio seria de que a sintoma não teve força suficiente para modificar o cenário jurídico.
Essa versão reforçaria, na visão de integrantes da Galanteio, a possibilidade de um “ponto de inflexão” no grupo de Bolsonaro, alimentando a suspeita de uma eventual estratégia de evasão internacional.
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