O deputado federalista Gustavo Gayer (PL-GO) se pronunciou por meio de sua conta no X, para se proteger das acusações de ofensas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Ele afirmou que suas declarações tiveram uma vez que objetivo “denunciar e escancarar a hipocrisia da esquerda” em relação à resguardo das mulheres, e não lutar pessoalmente a ministra.
Gayer destacou que foi o “único parlamentar de direita” a trespassar em resguardo de Gleisi, alegando que ela foi “covardemente menosprezada e achincalhada” por uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a chamou de “mulher formosa” ao justificar sua nomeação para o função. O deputado insistiu que sua intenção era criticar Lula, e não ofender Gleisi ou outros envolvidos.
A controvérsia começou em 12 de março de 2025, quando Gayer publicou no X que Lula teria “oferecido Gleisi Hoffmann uma vez que um cafetão oferece sua funcionária em uma negociação entre gangues”, em referência à fala do presidente sobre a escolha de uma “mulher formosa” para melhorar a relação com o Congresso.
Ele também questionou o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), companheiro de Gleisi, sobre sua suposta inação diante da fala de Lula, e chegou a sugerir um “trisal” entre Gleisi, Lindbergh e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Posteriormente a repercussão, Gayer apagou algumas das postagens e afirmou que suas críticas eram direcionadas ao presidente, reiterando que não teve a intenção de ofender Alcolumbre ou Gleisi diretamente.
Gayer argumentou que exerceu seu recta à liberdade de sentença e que não cometeu nenhum ato ilícito, destacando que suas declarações foram motivadas por um “siso de justiça”.
Ele afirmou ter plena consciência de que suas palavras não configuraram transgressão ou ofensa pessoal, mas sim uma sátira política ao comportamento de Lula e à falta de reação da esquerda diante da fala do presidente. O deputado também lamentou que o PT e outros parlamentares tenham focado em atacá-lo, em vez de sentenciar a enunciação de Lula, que ele classificou uma vez que “machista e misógina”. Segundo Gayer, a esquerda estaria tentando desviar o foco para aquecer o desrespeito do presidente contra a ministra.
A reação às declarações de Gayer foi imediata, com o PT protocolando uma representação no Parecer de Moral da Câmara em 14 de março de 2025, pedindo a cassação de seu procuração por quebra de decoro parlamentar.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também anunciou que acionará o Parecer de Moral e ingressará com uma ação judicial contra o deputado, alegando que a isenção parlamentar não pode ser usada para agredir pessoas. Gayer, por sua vez, pediu desculpas caso Alcolumbre tenha se sentido ofendido, mas manteve sua posição de que as críticas eram direcionadas a Lula. Ele também questionou a “fervorosa resguardo” de Lindbergh Farias em relação a Gleisi depois o incidente, sugerindo que o petista não havia se pronunciado contra a fala inicial de Lula, o que reforçaria sua narrativa de hipocrisia da esquerda
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