O deputado federalista Nikolas Ferreira (PL-MG) se manifestou nesta quarta-feira (12) sobre os ataques virtuais que têm sofrido por ter se encontrado com um influenciador que não apoiou Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Em sua resguardo, o parlamentar mineiro declarou que esses ataques são “covardes e desonestos” e manteve sua posição uma vez que coligado e apoiador do líder da direita brasileira.
Sem reportar nomes de seus críticos, Nikolas disse que essas pessoas agem “em função de sentimentos e interesses que talvez não admitem nem pra si mesmos” e que exigem dele uma maturidade que “está ausente neles mesmos”.
Além de declarar que é leal aos seus valores e convicções, o deputado diz que não será “submisso ao pavor do julgamento e ataques coordenados dos perfis falsos”, usados para parecer com que a opinião de algumas pessoas pareçam ser relevantes no mundo real.
Sobre o encontro com o influenciador, ele disse:
– A minha postura de não transpor esculhambando descontroladamente qualquer um que tenha nutrido alguma insatisfação pelo Presidente posteriormente o seu governo é simples: ele precisa de suporte e, por incrível que pareça, xingar aos quatro cantos não me parece a mais inteligente e eficiente de conseguir isso.
Ainda na enunciação, feita na rede social X, Nikolas Ferreira afirma que falar exclusivamente para aliados não faz sentido no atual momento político do país e que ele não teme os riscos que pode enfrentar por buscar conversar com pessoas de fora.
Leia na íntegra:
Faço esse post tão somente para me encaminhar àquelas pessoas que, por ingenuidade e inocência, possam estar sendo afetadas e induzidas à erro pela campanha de ataques covardes e desonestos que venho sofrendo há meses.
É gente que simula virtude e boa intenção, que finge estar movida por qualquer superior propósito, mas que em verdade, age em função de sentimentos e interesses que talvez não admitem nem pra si mesmos. E não direciono a um somente, mas a vários, que exigem um maturidade em mim, que está ausente neles mesmos.
Me movo de concordância com os valores e convicções, e não com base em um manual de conduta saído da mente de quem se imagina, por alguma razão, ter relevância, grandeza e moral para ser fiscal da conduta alheia. Não vou parar, nem mesmo ser submisso ao pavor do julgamento e ataques coordenados dos perfis falsos que fazem suas opiniões parecerem ter repercussão no povo ou serem relevantes no mundo real.
A minha postura de não transpor esculhambando descontroladamente qualquer um que tenha nutrido alguma insatisfação pelo Presidente posteriormente o seu governo é simples: ele precisa de suporte e, por incrível que pareça, xingar aos quatro cantos não me parece a mais inteligente e eficiente de conseguir isso.
É realmente difícil imaginar que nos últimos meses alguma espírito viva insatisfeita tenha pensado “É, tem razão, vou votar no Bolsonaro” logo posteriormente ter sido chamado de mau caráter, palerma, desleal, aproveitador, psicopata, traidor, vagabundo” por qualquer autodenominado leal escudeiro do Presidente.
Falar exclusivamente para convertidos, dedicar-se a brigas intermináveis que não fazem nenhum sentido para quem olha de fora, é ajudar a direita? É uma vez que facetar Paulo por estar pregando para os Romanos – já que foram eles mesmos que crucificaram Jesus. Não faz sentido qualquer.
Não temo os riscos de me manter leal a meus princípios e valores, em ser verdadeiro e honesto; se tiver que perder apoiadores, poder político, que seja, estou disposto a remunerar o preço, pois quem acredita que vale a pena perfurar mão de valores e princípios para se chegar a qualquer lugar, em verdade nunca os teve em seu coração.
E para aqueles que tem alguma incerteza sobre o que me move e em que acredito, peço que reflitam: vivemos em um País em que se encontra instaurada uma ditadura cruel, que subverteu toda a ordem democrática, aprisionou pessoas inocentes – que ainda continuam tolhidas em sua liberdade e do convívio de sua família -, e que foi responsável pela morte do Clezão, despedaçando o horizonte e esperanças de uma família inteira; um País em que o povo tem necessidades básicas, e das quais Presidente trabalha de maneira irresponsável e inconsequente para nos conduzir ao caos econômico e financeiro.
E alguém que, ao invés de combater todo o mal que assola nosso povo, esteja preocupado em gastar seu tempo, robustez e capacidade tão somente para hostilizar e criticar um dos parlamentares que mais lutou contra e expôs esse estado de coisas nos últimos anos, é realmente movido por virtudes e preocupações legítimas com o muito generalidade? A resposta todo mundo já tem.
Aliás, procurem no histórico das redes sociais onde estavam e o que estavam falando esses tão muito intencionados críticos nos piores momentos, quando prisões estavam ocorrendo e incertezas quanto ao horizonte reinavam, e estávamos eu e outros colegas parlamentares, com coragem quase suicida, lutando por justiça na CPMI do 8.1. Ou quando, ao longo desses três últimos anos, por inúmeras vezes me expus e me arrisquei para lutar contra o estado de coisa em que vivemos.
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