O Brasil caiu seis posições no ranking global de democracia em 2025, conforme o Democracy Índice elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), unidade de lucidez da revista The Economist. O país passou da 51ª posição em 2023 para o 57º lugar entre 167 nações avaliadas, mantendo-se classificado porquê uma “democracia imperfeita”. O relatório, divulgado em 27 de fevereiro de 2025, aponta que a pontuação do Brasil caiu de 6,76 para 6,49, refletindo desafios em liberdades civis, funcionamento do governo e cultura política.
Um dos principais fatores citados para essa queda foi a atuação do Supremo Tribunal Federalista (STF), mormente a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender a rede social X em agosto de 2024, durante as eleições municipais. A medida, que durou várias semanas e incluiu ameaças de multas a quem usasse VPNs para acessar a plataforma, foi descrita porquê “sem paralelo entre países democráticos” e vista porquê uma restrição significativa à liberdade de frase. O relatório destaca que o STF “ultrapassou os limites” ao tentar sofrear os efeitos da polarização política e da desinformação.
Outro paisagem mencionado é a polarização política, que se intensificou na última dez e atingiu níveis críticos posteriormente os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes. O estudo também faz referência a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe em 2022 contra o portanto presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo uma “tolerância preocupante à violência política” no Brasil, um pouco menos generalidade em democracias consolidadas.
O relatório avalia cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo, liberdades civis, funcionamento do governo, participação política e cultura política. O Brasil manteve uma boa nota em processo eleitoral, mas perdeu pontos nas demais, mormente em liberdades civis e funcionamento do governo. A Noruega lidera o ranking porquê “democracia plena” com 9,81 pontos, enquanto o Afeganistão ocupa o último lugar com 0,25.
A queda reflete um cenário global de declínio democrático, com o índice médio mundial atingindo 5,23 em 2023, o pior desde o início do levantamento em 2006.
No caso brasiliano, a combinação de ações judiciais controversas e polarização política foi determinante para o recuo, posicionando o país detrás de nações porquê Argentina e Hungria no ranking de 2025.
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