Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), teve uma reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Cristiano Zanin, para discutir um sindicância que investiga três deputados federais do PL por suspeitas de desvios de emendas parlamentares.
O encontro ocorreu na tarde do dia 18 de fevereiro de 2025, em meio às expectativas de uma verosímil denúncia pela Procuradoria-Universal da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, também do PL, pela suposta tentativa de golpe de Estado.
Os deputados investigados são Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil, ambos do Maranhão, e Bosco Costa, de Sergipe. A querela contra eles envolve a “comercialização” de ao menos R$ 7 milhões em emendas, o que os parlamentares negam. Zanin, que é o relator deste caso e presidente da Primeira Turma do STF, tem a responsabilidade de definir a taxa de julgamentos e o fado dos processos que tratam das emendas parlamentares.
A reunião ocorreu logo em seguida Zanin ter incluído a denúncia contra os deputados na taxa do tribunal, mas posteriormente decidiu enviá-la para o plenário virtual, onde será analisada a partir do dia 28 de fevereiro. Esta decisão de prorrogar o julgamento presencial para o plenário virtual pode ser interpretada porquê uma estratégia para dar mais tempo para a estudo do caso ou para evitar uma decisão precipitada.
A PGR acusa os deputados de solicitar propina em troca da destinação de recursos públicos federais, especificamente ao ex-prefeito de São José do Ribamar, José Eudes Sampaio Nunes.
A investigação apontou que os deputados teriam pedido R$ 1,6 milhão, correspondendo a 25% dos recursos das emendas que seriam destinados ao município.
O encontro entre Valdemar e Zanin acontece em um momento de tensão entre o Congresso e o STF, principalmente devido ao imbróglio das emendas parlamentares. Recentemente, decisões judiciais bloquearam temporariamente os repasses de emendas, gerando fricção entre os poderes. Levante caso pode ser um exemplo de porquê as investigações sobre o uso de emendas estão impactando diretamente a política pátrio.
Valdemar também foi indiciado pela Polícia Federalista no mesmo sindicância que investiga Bolsonaro, adicionando outra classe de complicação à reunião com Zanin. Ambos negam as acusações, e o encontro pode ser visto porquê uma tentativa de Valdemar de entender melhor o curso do processo judicial contra os deputados do seu partido ou até mesmo discutir possíveis desdobramentos para sua própria situação permitido.
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