O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), afirmou à Polícia Federalista (PF) que sua enunciação sobre Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto foi um “equívoco”. Em prova, Mello esclareceu que não presenciou ou tinha conhecimento de qualquer conversa entre o ex-presidente Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, contrariando o que havia sugerido em uma entrevista anterior.
A enunciação inicial de Mello, feita em janeiro de 2025, implicava que Bolsonaro e Valdemar mantinham contato frequente, apesar de uma proibição judicial imposta pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Esta proibição fazia secção das medidas cautelares aplicadas em investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, onde ambos são investigados.
Posteriormente o prova, ficou simples que Mello reconheceu um erro no uso do tempo verbal em sua fala.
Ele explicou que sua intenção era se referir ao período em que Bolsonaro e Valdemar trabalharam juntos para edificar o PL, e não a uma situação atual ou recente. Ele negou ter testemunhado ou ser consciente de qualquer interação entre os dois que desrespeitasse a ordem judicial.
Bolsonaro, por sua vez, classificou a enunciação original de Mello porquê uma “escorregada” e negou qualquer notícia com Valdemar. O governo catarinense também reforçou que Jorginho Mello discorda da restrição imposta pelo STF, mas que ambos, Bolsonaro e Valdemar, estão cumprindo a decisão judicial.
Esta situação revela a complicação das relações políticas e jurídicas no Brasil, onde declarações públicas podem ter implicações legais e políticas significativas, principalmente em contextos de investigações criminais. A correção de Mello à PF procura esclarecer sua posição e evitar mais repercussões legais para ele ou para os envolvidos na investigação judicial.