Michael Benz, ex-chefe da partilha de informática do Departamento de Estado dos Estados Unidos, fez uma enunciação na última segunda-feira (3) que tem gerado grande repercussão no Brasil. Ao podcast War Room, de Steve Bannon, ex-assessor do presidente Donald Trump, Benz afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda estaria no função se a Usaid não existisse.
– Se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil, e o Brasil ainda teria uma internet livre e ensejo – disse Benz.
🚨“Se a USAID não existisse, @jairbolsonaro ainda seria o presidente do Brasil e o Brasil ainda teria uma internet livre e ensejo.”
Foi que afirmou o norte-americano @MikeBenzCyber , que foi dirigente da partilha de informática do Departamento de Estado durante o primeiro governo… pic.twitter.com/phLoRgwMkR— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) February 4, 2025
A Usaid era a filial encarregada de partilhar a maior secção dos recursos do governo americano para ajuda externa, entrou no núcleo de um grande escândalo nos últimos dias em seguida o empresário Elon Musk invocar a entidade de “ninho de vermes”, e o texto de diversos repasses feitos pela filial vir a público, porquê, o patrocínio de diversos eventos da agenda LGBTQIA+.
De contrato com Benz, a entidade gastou “dezenas de milhões de dólares do tributário americano financiando a pressão para que projetos de lei contra a desinformação fossem aprovados” no Parlamento brasiliano, e também bancou advogados que teriam feito pressão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que Benz chamou de “tribunal da repreensão” – para reprimir tuítes de Bolsonaro.
– Eles [Usaid] construíram um polvo de repreensão no Brasil e ele foi construído inteiramente com a Usaid, por que a Usaid declarou Bolsonaro um Trump populista, um Trump dos trópicos, e em seguida montou essa operação para controlar o ecossistema de informações no país – completou.
Depois a enunciação de Benz, o deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse ser “fundamental que o Congresso Vernáculo e demais instituições competentes investiguem o financiamento e a atuação dessas organizações em território brasiliano”.
– Transparência e soberania não podem ser negociadas. Outrossim, é necessário que o Itamaraty e os órgãos de perceptibilidade avaliem os riscos dessa interferência para a segurança institucional e política do Brasil – apontou.
TRUMP PÕE TODOS OS FUNCIONÁRIOS EM LICENÇA
Ao voltar ao ar nesta quarta-feira (5) depois de permanecer indisponível por três dias, o site da Usaid passou a apresentar uma mensagem informando sobre a decisão do presidente Donald Trump de colocar todos os funcionários em licença administrativa, exceto equipes responsáveis por missões críticas, liderança medial e programas especiais.
A página também informou que o Departamento de Estado está preparando um projecto para trazer de volta aos EUA os funcionários da Usaid que estão em missão em outros países. Segundo a mensagem, o governo providenciará e pagará pelas viagens. O retorno deve se dar no prazo de 30 dias e os contratos não essenciais serão rescindidos.
REPASSES POLÊMICOS
Em uma nota publicada pela Morada Branca na última segunda-feira (3), o governo americano detalhou alguns projetos polêmicos que teriam sido financiados pela Usaid, porquê, repasses para a EcoHealth Alliance, entidade que esteve envolvida em uma pesquisa no Instituto de Virologia de Wuhan, na China, sobre o coronavírus em morcegos.
Outrossim, o governo dos Estados Unidos também elencou inúmeros repasses da Usaid para produções culturais sobre variação, transgêneros e questões relacionadas ao “ativismo LGBT” ao volta do mundo.
Entre elas estão:
– 1,5 milhões de dólares (R$ 8,68 milhões) para “promover a variação, a justiça e a inclusão nos locais de trabalho e nas comunidades empresariais da Sérvia”;
– 70 milénio dólares (R$ 405 milénio) para produção de um “músico sobre variação, a justiça e a inclusão na Irlanda”;
– 47 milénio dólares (R$ 272 milénio) para uma “ópera transgênero” na Colômbia;
– 32 milénio dólares (R$ 185 milénio) para uma “história em quadrinhos transgênero” no Peru;
– 2 milhões de dólares (R$ 11,58 milhões) para mudanças de sexo e “ativismo LGBT” na Guatemala.
A lista ainda tem outros itens porquê “centenas de milhares de refeições que foram para combatentes afiliados à Al Qaeda na Síria” e também “centenas de milhões de dólares para financiar ‘canais de rega, equipamentos agrícolas’ e até fertilizantes usados para estribar o cultivo sem precedentes de papoula e a produção de heroína no Afeganistão”.
Em nota à prensa, o governo Trump ressaltou que a filial “não tem prestado contas aos contribuintes, pois canaliza enormes somas de verba para os ridículos — e, em muitos casos, maliciosos — projetos de estimação de burocratas entrincheirados, com quase nenhuma supervisão”.
A Morada Branca completou o enviado dizendo que, no entanto, “o desperdício, a fraude e o insulto acabam agora”.
MARCO RUBIO NO COMANDO INTERINO
Em meio ao imbróglio sobre a filial, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, foi nomeado porquê diretor interino da filial. Em uma nota emitida pelo Departamento de Estado, o órgão diz que a Usaid “há muito tempo se afastou de sua missão original de promover os interesses americanos no exterior de forma responsável”.
– Agora está muito simples que partes significativas de financiamentos da Usaid não estão alinhadas com os principais interesses nacionais dos Estados Unidos. Uma vez que uma medida provisória a termo de obter controle e melhor compreensão das atividades da filial, o presidente Donald J. Trump nomeou o secretário Marco Rubio porquê gestor interino – diz o enviado.
Ainda de contrato com o Departamento de Estado, Rubio notificou o Congresso de que uma reavaliação das atividades de ajuda externa da Usaid está em curso com vistas a uma verosímil reorganização e que, enquanto essa avaliação intercorrer, o órgão continuará a “proteger os interesses do povo americano e a prometer que o verba de seus impostos não seja esbanjado”.