Uma idosa de 103 anos teve o pé amputado sem anestesia dentro de morada por uma enfermeira no Província Federalista. O procedimento, realizado em dezembro de 2024, envolveu o uso de um bisturi cego. A profissional de saúde foi contratada pelo rebento da paciente.
A paciente, cega e acamada, apresentava um quadro de necrose na região afetada antes da amputação. O traje chegou ao conhecimento do Instituto Eva, entidade que ampara mulheres e idosos em situação de vulnerabilidade. Uma testemunha do procedimento fez a denúncia no início de janeiro. Em seguida a idosa ser hospitalizada, a instituição apresentou a denúncia formal à Polícia Social. A amputação teria ocorrido na última segunda-feira (27). Em seguida a realização da amputação, a enfermeira e familiares enfrentaram dificuldades para descartar o pé necrosado.
A profissional comunicou em um aplicativo de mensagens, que havia encontrado uma forma de “vanescer” com o membro em um hospital da rede pública do DF, sem especificar a unidade e nem se o descarte foi concretizado.
Trocas de mensagens pelo WhatsApp revelam a dificuldade da enfermeira em dar direcção ao membro. O intento era se livrar do pé utilizando a infraestrutura do hospital onde trabalha, porém, não obteve sucesso.
Em uma das conversas, a enfermeira declara estar “tendo problema por pretexto do pé”, e demonstra risos logo depois a fala. Para solucionar a situação, o hospital exigiu que a paciente amputada fosse conduzida à unidade. Veja as mensagens.
A Polícia Social do Província Federalista informou que o caso está em estudo na Delegacia Peculiar de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN). Confira a nota na íntegra.
Nota – Polícia Social do Província Federalista
Na manhã do último dia 27, a Decrin tomou conhecimento que uma idosa de 103 anos teve o seu pé amputado em morada, em razão de necrose. Imediatamente, a Especializada orientou o denunciante a fazer o registro da ocorrência policial, sendo provável obter conhecimento mais detalhado dos fatos e iniciar as investigações.
A Decrin foi informada que a vítima apresentava uma ferida no pé, que foi aumentando ao ponto de ter indicação médica para amputação. No entanto, em razão de sua idade, a família teria optado por tratar os ferimentos com cuidados paliativos, o que poderia chegar a uma amputação procedente. Pelo delicado até agora, teria ocorrido.
Em consulta com um perito médico-legista da PCDF, técnico em geriatria e experiente em cuidados paliativos, verificou-se, preliminarmente, que os procedimentos não fogem, a princípio, ao protocolo de cuidados paliativos.
É importante informar que a vítima está sendo acompanhada 24h por uma equipe médica e de enfermagem de Home Care desde 2023. O que, em tese, demonstra não estar sendo negligenciada nos cuidados médicos e pessoais. O caso é bastante quebradiço, exigindo o supremo reverência pela vítima que foi submetida a uma cirurgia e está internada na UTI.
Foi instaurado o Questionário Policial para apurar em que circunstâncias se deram estes fatos. As investigações correm em sigilo e, muitas diligências ainda precisam ser realizadas, uma vez que obtenção de informações técnicas, oitivas de várias pessoas e profissionais envolvidos, muito uma vez que a realização de exames periciais. Somente depois a estudo de todas as provas apresentadas, a mando policial poderá expressar se houve ou não ilícito penal.
O Juízo Regional de Enfermagem do Província Federalista (Coren-DF) declarou ter conhecimento do caso de uma enfermeira que, supostamente, amputou o pé de uma idosa de 103 anos de forma inadequada, sem anestesia e em envolvente domiciliar. O Juízo informou que condena tais práticas e acompanha o questionário policial. Confira a nota na íntegra.
Nota Coren-DF
O Juízo Regional de Enfermagem do Província Federalista (Coren-DF) tomou conhecimento do caso envolvendo uma enfermeira que supostamente realizou a amputação do pé de uma idosa de 103 anos, utilizando um bisturi inadequado, em envolvente domiciliar e sem anestesia. Ressaltamos que o profissional enfermeiro não realiza amputações, podendo atuar somente na restauração de pessoas amputadas.
O Coren-DF condena de forma contundente qualquer prática que fira os preceitos éticos, técnicos e legais que norteiam a atuação da enfermagem. Aguardamos, no entanto, os desfechos da investigação da Polícia Social do Província Federalista, para apurar qual tipo de procedimento foi especificamente realizado.
A fiscalização e a regulamentação do tirocínio da Enfermagem são pilares fundamentais da atuação do Juízo, que tem uma vez que objetivo zelar pela moral e pela segurança na assistência.
Reforçamos que a prática profissional da Enfermagem deve sempre observar os limites de cultura estabelecidos pela legislação, de modo a preservar a vida, a saúde e a pundonor dos pacientes. Casos uma vez que levante não representam uma vez que um todo a categoria, que é composta por profissionais éticos e comprometidos com a assistência segura e de qualidade. Informações CNN