O grupo armado M23 tomou conta de duas cidades do país, segundo a ONU; os funcionários brasileiros estão muito
Diversas representações diplomáticas estrangeiras –dentre elas a Embaixada do Brasil– foram atacadas na capital da República Democrática do Congo, Kinshasa. Em nota divulgada na noite de 3ª feira (28.jan.2025), o Itamaraty manifestou “grave preocupação” com os ataques e informou que os funcionários da embaixada brasileira estão muito.
A diplomacia brasileira cita o “princípio obrigatório da inviolabilidade das missões diplomáticas e a obrigação ativa de o país anfitrião prometer proteção ao pessoal da missão e a suas instalações”.
Na sequência, reitera crédito de que o governo congolês se empenhará para controlar a situação. Segundo o Itamaraty, a bandeira brasileira foi retirada e levada pela plebe, durante o ataque à representação diplomática.
Entenda
De congraçamento com a prelo internacional, integrantes do grupo M23 tomaram controle do aeroporto da maior cidade do país, Goma, depois da conquista da cidade “em uma ofensiva que deixou corpos espalhados pelas ruas”. Goma fica no extremo leste do país, na mote com Ruanda, e a mais de 2 milénio quilômetros de intervalo da capital Kinshsa, localizada no extremo oeste do país.
A situação atual é apontada porquê a maior escalada desde 2012, neste conflito que já dura 3 décadas, em meio a disputas pelo controle dos recursos minerais do país. Além de ser rica em ouro, a região possui minerais essenciais para a produção de celulares e baterias para veículos elétricos.
Em setembro de 2024, uma missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no país informou que o negócio de minerais na espaço de Rubaya representa mais de 15% do fornecimento global de tântalo, considerado um mineral crítico pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
ONU
Diante da situação no país, o Juízo de Segurança da ONU divulgou, no início da semana, uma nota na qual pede o termo da ofensiva do M23 no Congo. Há suspeitas de que o grupo seria financiado pelo governo de Ruanda, o que, até o momento, ainda não foi confirmado –nem rejeitado– pelo país vizinho.
A ONU ressalta que o M23 estaria “violando cessar-fogo definido em processo de tranquilidade”, e que deveria “virar a expansão territorial dos últimos dias”. Ainda segundo a ONU, o grupo armado teria tomado o controle de outras duas cidades congolesas: Masisi em 4 de janeiro e Sake no dia 23 do mesmo mês.
A nota reafirma “espeque inabalável” à negociação em curso entre a República Democrática do Congo e Ruanda liderada pelo mediador nomeado pela União Africana, o presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço.
“Para o Juízo, esses avanços representam uma grave violação do cessar-fogo e minam os esforços para depreender uma solução política pacífica e duradoura para o conflito por meio do processo de Luanda [capital da Angola]”, afirmou a ONU ao manifestar “espeque inabalável” à mediação liderada por Angola por uma solução política entre a República Democrática do Congo e Ruanda.
Com informações da Escritório Brasil