A mais recente pesquisa realizada pela Quaest, divulgada nesta segunda-feira (27), revela que a reprovação do Governo Lula superou, pela primeira vez desde o início de sua gestão, a aprovação. A deterioração na avaliação é mais acentuada nas regiões Nordeste e Sul, além de afetar gravemente a percepção de eleitores de baixa e média renda.
Segundo os dados divulgados nesta segunda, 49% dos entrevistados reprovam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por outro lado, a aprovação é de 47%. Em relação a última pesquisa, a avaliação positiva do presidente caiu 5 pontos percentuais. Em contrapartida, a repudiação avançou 2 pontos. Ou por outra, 4% dos entrevistados não souberam opinar.
Queda no Nordeste é histórica
A pesquisa destaca que o Nordeste, historicamente uma base de poderoso esteio ao presidente, registrou uma queda de quase 10 pontos percentuais na aprovação em somente um mês. No Sul, o recuo foi de 7 pontos percentuais, marcando o pior desempenho do governo nas duas regiões desde o início do procuração.
Ou por outra, a queda de popularidade foi significativa entre os eleitores de baixa renda (-7 pontos) e renda média (-5 pontos). Mesmo com anúncios voltados para beneficiar quem ganha até cinco salários mínimos, as medidas parecem não surtir o efeito esperado, agravando a percepção negativa entre essas faixas da população.
Atualmente, metade dos brasileiros (50%) acredita que o país está na direção errada, enquanto somente 39% avaliam que segue no caminho perceptível, segundo a pesquisa.
Razões
A pesquisa Quaest aponta três fatores principais para a queda de popularidade de Lula: a falta do cumprimento de promessas, o cenário econômico e o noticiário negativo.
Conforme os dados, 65% dos entrevistados afirmam que Lula não está cumprindo as promessas feitas durante a campanha. Esse índice é o mais cocuruto já registrado e reflete o insatisfação da população diante da falta de resultados concretos.
Quanto ao noticiário negativo, a memorial mais citada espontaneamente pelos entrevistados foi o provável monitoramento de transações via PIX, mencionado por 11% dos participantes. Ou por outra, 66% acreditam que o governo errou mais do que acertou na meio dessa polêmica.
Sobre o cenário econômico, somente 25% dos brasileiros acreditam que a economia melhorou no último ano, enquanto o cocuruto dispêndio dos vitualhas continua a pressionar o orçamento familiar. Para 83% dos entrevistados, os preços subiram no último mês, alcançando o maior patamar da série histórica.
A tentativa do governo de mourejar com a subida dos vitualhas também recebeu críticas. A proposta de mudar o sistema de validade de produtos foi rejeitada por 63% dos entrevistados. A teoria foi descartada pelo governo.
A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 4.500 pessoas entre os dias 23 e 26 de janeiro de 2025. O levantamento tem um nível de crédito de 95% e margem de erro de 1 ponto percentual.