O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta segunda-feira (20), durante reunião ministerial, uma novidade diretriz que centraliza ainda mais a tomada de decisões dentro do governo federalista. A partir de agora, nenhum ministro poderá editar portarias sem a aprovação prévia da Presidência da República, via Morada Social. A medida é uma resposta direta às recentes polêmicas que envolveram o Executivo e resultaram em possante repercussão pública e política.
A decisão ocorre poucos dias depois o governo ser duramente criticado por conta de uma portaria que determinava o monitoramento de transações via Pix supra de R$ 5 milénio. A medida, que gerou indignação entre parlamentares e cidadãos, foi interpretada uma vez que uma ingerência estatal excessiva, culminando em um recuo do Executivo depois pressão popular e do Congresso. O incidente também serviu uma vez que combustível para adversários políticos, com destaque para o deputado federalista Nikolas Ferreira, que mobilizou grande esteio em suas críticas ao governo.
Durante a reunião, Lula foi enfático ao declarar que a falta de alinhamento entre os ministérios pode gerar crises desnecessárias e comprometer a firmeza política de sua gestão. “Nenhum ministro vai poder fazer portaria, que depois crie confusão para nós, sem que essa portaria passe pela Presidência da República através da Morada Social”, declarou o presidente. Ele reforçou que o objetivo da medida é evitar crises institucionais e desgastes desnecessários que possam comprometer a credibilidade do governo.
A Morada Social, comandada pelo ministro Rui Costa, terá agora o papel de convergir e revisar todas as propostas de portarias antes que sejam publicadas. A mudança é vista uma vez que uma tentativa de melhorar a coordenação interna e confirmar que as ações do governo estejam alinhadas com as diretrizes gerais da Presidência. Lula destacou que é fundamental que todos os ministros compreendam a preço de agir de forma coordenada para evitar ruídos e desgastes que possam prejudicar a imagem do governo perante a sociedade e o Congresso.
A polêmica envolvendo o Pix foi emblemática para ilustrar os desafios de notícia e pronunciação do governo. A medida, que pretendia aumentar o controle sobre transações financeiras uma vez que segmento do combate à sonegação e à lavagem de verba, foi recebida com suspeição e revolta por segmento da população e de setores econômicos. A pressão foi imediata, e o governo foi obrigado a recuar, gerando constrangimento para a gestão Lula. Esse incidente também abriu espaço para opositores intensificarem as críticas, retratando o governo uma vez que dominador e desconectado das demandas populares.
Nikolas Ferreira, uma das principais vozes críticas à medida, utilizou suas redes sociais para mobilizar esteio contra a portaria, conseguindo grande engajamento. O incidente foi amplamente explorado pela oposição, que o classificou uma vez que uma vitória contra o que chamaram de “abusos do governo”. A reação popular também foi massiva, com milhares de manifestações contrárias à medida circulando nas redes sociais e nos meios de notícia.
A decisão de convergir a aprovação de portarias é, portanto, uma tentativa de evitar que situações uma vez que essa se repitam. Lula, que procura solidificar seu governo em meio a um cenário político polarizado, sabe que qualquer erro pode ser amplificado pela oposição e dificultar a aprovação de projetos prioritários no Congresso. A medida também reflete a preocupação do presidente em provar maior controle sobre a gestão pública e fortalecer a crédito do eleitorado em seu governo.
No entanto, a convergência de decisões também levanta questionamentos sobre a autonomia dos ministérios e a eficiência da gestão pública. Críticos argumentam que o excesso de controle pode atrasar a implementação de políticas públicas e dificultar a resposta rápida a questões emergenciais. Por outro lado, aliados do governo defendem que a medida é necessária para prometer a unidade e evitar o que chamam de “amadorismo” nas ações do Executivo.
A mudança ocorre em um momento em que o governo enfrenta outros desafios importantes, uma vez que a aprovação de reformas econômicas e a negociação de projetos de interesse do Planalto. Lula procura volver os impactos da polêmica e substanciar a imagem de um governo que prioriza o diálogo e a firmeza política. O presidente também aproveitou a reunião para cobrar maior engajamento dos ministros na construção de uma agenda positiva e alinhada com as prioridades do governo.
Ao final da reunião, ficou evidente que o governo pretende adotar uma postura mais cautelosa e estratégica na meio de suas ações. A convergência das decisões por meio da Morada Social é unicamente uma das medidas que visam evitar crises e fortalecer a coesão interna da gestão Lula. O incidente do Pix, embora tenha gerado desgaste, serviu uma vez que um alerta para os riscos de ações descoordenadas e reforçou a premência de uma gestão mais integrada e alinhada às expectativas da sociedade.