Esse incidente está relacionado a investigações que envolvem o ex-presidente Bolsonaro, e já houve outros momentos em que sua resguardo tentou, sem sucesso, volver a mortificação de seu passaporte. A justificativa de Moraes para negar a liberação do passaporte de Bolsonaro é o interesse nas investigações em curso, e, dessa forma, manter o controle sobre o ex-presidente para prometer que ele não fuja das diligências processuais.
O jornalista Glenn Greenwald, no entanto, parece estar elevando o tom das críticas ao relacionar diretamente essa ação de Moraes ao veste de que Bolsonaro foi convidado para um evento internacional de valia, enquanto o presidente Lula ficou de fora. Em suas palavras, Greenwald sugere que Moraes, ao agir de forma incisiva sobre a movimentação de Bolsonaro, seria responsável por limitar a liberdade do ex-presidente em momentos cruciais.
Aliás, Greenwald faz uma referência à revelação de mensagens entre assessores de Moraes que circulam nos bastidores, o que tem gerado especulação. Ele questiona se essas mensagens poderiam ter implicações para a credibilidade de Moraes e, indiretamente, levanta dúvidas sobre porquê essas informações estão sendo tratadas pelas autoridades.
Em relação à sua menção sobre os “6 gigabytes de mensagens”, Greenwald está se referindo a investigações que envolvem troca de mensagens entre pessoas próximas a Moraes, e que podem gerar discussões sobre a imparcialidade do ministro. Essas mensagens, que foram claro de investigações no pretérito, foram associadas a questões de sigilo e manipulação política. No entanto, até o momento, não há confirmação solene sobre as implicações dessas mensagens e sobre porquê elas podem afetar o cenário atual.
As acusações de Greenwald geram um envolvente de tensão entre o poder judiciário e o ex-presidente Bolsonaro, principalmente no que diz saudação à sua liberdade de movimento e suas possibilidades de participar de eventos internacionais de destaque. O confronto entre esses dois poderes continua alimentando o debate político no Brasil, enquanto as questões de legitimidade e mando judicial são discutidas no contexto de um processo eleitoral ainda recente e de grande polarização.