O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tem sido alvo de críticas por supostamente favorecer os evangélicos durante a programação do Réveillon 2025.
Evangélicos ganham destaque no maior Réveillon do mundo
Entre as atrações, grupos de música gospel e pastores renomados foram convidados a se apresentar nos palcos espalhados pela cidade. A decisão trouxe uma nova dinâmica ao evento, permitindo que famílias cristãs participassem de forma ainda mais significativa da celebração de virada de ano.
“Eduardo Paes nos mostrou que é possível celebrar a diversidade sem excluir ninguém. Ele tem sido um prefeito que dialoga com todos, especialmente conosco, evangélicos, que somos parte fundamental da sociedade carioca”, afirmou a pastora Maria de Fátima, uma das líderes presentes no evento.
Críticas e Acusação de Favorecimento
O babalawô Ivanir dos Santos, da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), criticou a falta de representatividade das religiões de matrizes africanas nas festividades de réveillon do Rio de Janeiro. Em resposta, o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) protocolou uma representação no Ministério Público Federal contra o prefeito Eduardo Paes. A acusação centra-se na desigualdade de tratamento das religiões durante as celebrações de fim de ano.
O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) apresentou ao Ministério Público Federal uma representação contra o prefeito Eduardo Paes. O chefe municipal é acusado de tratar com desigualdade as religiões durante as festas de fim de ano.
“Resta evidente a diferença de tratamento dado às diferentes religiões pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Enquanto cantores gospel recebem apoio direto e investimento financeiro com um palco exclusivo no Leme, apenas um grupo de músicas de religião de matriz africana se apresentou no Palco em Realengo, dentre as mais de 74 apresentações nos dez palcos espalhados na cidade”, diz a representação.
A representação destaca que a Prefeitura do Rio de Janeiro favorece as religiões evangélicas, com apoio financeiro e um palco exclusivo para cantores gospel no Leme. Em contraste, apenas um grupo de músicas de matriz africana se apresentou no Palco em Realengo, entre as mais de 74 apresentações realizadas em dez palcos pela cidade. Essa disparidade é vista como uma clara demonstração de discriminação religiosa.
O documento ressalta que a situação evidencia um tratamento desigual por parte da administração municipal, que prioriza determinadas tradições em detrimento de outras. A crítica se alinha a um movimento mais amplo que busca garantir a igualdade de direitos e a valorização das diversas expressões culturais e religiosas no Brasil.
Críticos podem argumentar que houve favorecimento, mas a gestão de Eduardo Paes tem se pautado por ações que buscam equilíbrio e harmonia entre as diferentes expressões culturais e religiosas. Além disso, a inclusão de atrações evangélicas reflete o reconhecimento de uma parcela significativa da população que, por vezes, se sente marginalizada em grandes eventos públicos.
Essa postura inclusiva não apenas fortalece os laços entre governo e sociedade, mas também posiciona o Rio de Janeiro como um exemplo de convivência democrática.
Uma mensagem de fé e esperança
Ao incorporar elementos cristãos no Réveillon carioca, Eduardo Paes ajudou a transmitir uma mensagem de fé e esperança em um momento em que muitas famílias enfrentam desafios. “Foi emocionante ver milhares de pessoas unidas em oração logo na virada do ano. Foi uma experiência única e que deve ser celebrada, não criticada”, declarou o cantor gospel André Luiz, uma das atrações do evento.