Em cerimônia realizada na Tertúlia Vernáculo da Venezuela, em Caracas, nesta sexta-feira (10), o presidente Nicolás Maduro foi empossado para o terceiro procuração porquê director do Executivo do país, para o período de 2025 a 2031. No exposição, a liderança chavista destacou que não puderam impedir a posse, apesar da pressão internacional e dos protestos da oposição.
“Agora, trataram de metamorfosear a juramentação [posse oficial], na Venezuela, em uma guerra mundial. Que vão invadir, que entraram, que saíram. Digam o que quiserem, mas esta posse venezuelana constitucional não puderam impedir e é uma grande vitória da democracia venezuelana e das pessoas que querem sossego e segurança”, afirmou Maduro.
Nos últimos dias, o candidato opositor Edmundo González fez uma romagem por países da região para receber escora internacional e prometia, em seguida ter se exilado na Espanha, tornar à Venezuela para intervir na posse de Maduro.
Em tom de galhofa, Maduro questionou durante o exposição: “Chegou Edmundo? Peguem-no! Peguem o pataruco [sinônimo de covarde]! Uma vez que espero que ele chegue. Estou nervoso”, causando riso entre os presentes. Há pedido de prisão lhano contra Edmundo. Entre os motivos está conspiração contra as instituições venezuelanas.
A coalizão que apoiou González acusa o governo de fraude eleitoral e, com base em documentos eleitorais que possuem, afirmam que o ex-diplomata foi o vencedor. O governo alega que esses documentos são fraudados. Nessa sexta-feira (10), atos da oposição questionaram a posse de Maduro e a notícia da prisão, depois desmentida, da Maria Corina Machado, principal liderança da oposição do país, fez crescer o repúdio internacional contra o governo de Cararas.
Nesse contexto, Maduro foi juramentado pelo presidente da Tertúlia Vernáculo, o deputado Jorge Rodríguez, a quem jurou tutorar a Constituição. Em seguida, agradeceu, entre outros atores, às delegações dos mais de 125 países e organizações internacionais presentes, citando, nominalmente, os representantes de Cuba, China, Rússia e Honduras.
Questionado internacionalmente em relação a eleição de 28 de julho de 2024, Nicolas Maduro rebateu as críticas dizendo que não depende de governos estrangeiros para ser presidente da Venezuela.
“Eu não fui nomeado presidente pelo governo dos Estados Unidos, nem pelos governos pró-imperialistas da direita latino-americana. E não me colocou cá a oligarquia dos sobrenomes. Venho do povo, sou do povo, e meu poder emana da história e do povo”, afirmou.
O governo Maduro tem enfrentado questionamentos em relação a eleição de 2024 que, segundo a apuração solene, ratificada pelo Judiciário do país, deu a Maduro 51,9% dos votos contra 43,1% de Edmundo González. A oposição, organizações internacionais e países têm rejeitado o resultado porque não foram publicados os dados detalhados por mesa de votação, porquê sempre acontecia.
Reforma constitucional
O presidente Nicolas Maduro ainda destacou, em seu exposição, as linhas de trabalho que o governo deve assumir no novo procuração, destacando a reforma constitucional que pretende realizar ainda em 2025. Maduro defendeu atualizar a Constituição Bolivariana da Venezuela, de 1999.
“Que se atualize os postulados da Constituição sobre a novidade sociedade humanista e democrática a ser construída. Que a Constituição seja atualizada para tutorar o país das novas ameaças tecnológicas que já conhecemos nas redes sociais”, disse.
O director do Executivo do país sul-americano acrescentou que assinará, ainda nesta sexta-feira, decreto para fabricar a Percentagem Ampla Vernáculo de Elaboração do Projeto de Reforma Constitucional.
“Incluiremos o maior número de setores [na Comissão] para podermos ter um vasto apelo à ação. Acredito que esta Tertúlia Vernáculo tem poder política, moral e constitucional para ser o epicentro deste ano deste debate com o povo”, completou.
Histórico
No poder desde 2013, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, venceu a primeira eleição presidencial em seguida a morte do logo presidente Hugo Chávez, principal liderança da chamada Revolução Bolivariana, processo político iniciado em 1999 e que promoveu uma refundação da república do país.
Em 2018, Maduro foi reeleito pela primeira vez, quando a maior secção da oposição boicotou a votação alegando falta de condições para competir. Seu último procuração, de 2019 a 2025, foi marcado pelo bloqueio internacional liderado pelos Estados Unidos contra a economia do país, em peculiar, contra o negócio do petróleo venezuelano.
A crise econômica, iniciada em 2014 com a queda nos preços do combustível no mercado global, se agravou ao longo do seu segundo procuração, chegando a um cenário de hiperinflação. Com isso, estima-se que mais de 7 milhões de venezuelanos imigraram.
Depois o PIB retrair tapume de 75% entre 2014 e 2020, a Venezuela registrou uma recuperação econômica nos últimos anos, apesar dos salários ainda continuarem muito defasados.
Em janeiro de 2022, a Venezuela saiu oficialmente da hiperinflação. Segundo o Banco Meão do país (BCV), o índice de preços de janeiro à outubro de 2024 ficou em 16,6%, número historicamente insignificante para os padrões venezuelanos. De tratado com a Percentagem Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), a Venezuela deve ter um prolongamento de 6,2% do PIB em 2024.