Superintendente de gabinete do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o representante Luiz Eduardo Navajas Telles Pereira foi nomeado nesta sexta-feira (10/1) para um dos cargos mais cobiçados da instituição.
Pereira foi eleito pelo presidente Lula para ser adido policial federalista na Embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos, por um período de três anos, substituindo o ex-diretor da PF Rolando Alexandre de Souza no posto.
Recentemente, Pereira esteve no meio da polêmica entre a PF e a Câmara, posteriormente ordenar a buraco de investigação contra os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB).
O motivo da investigação foram supostos crimes de injúria contra o representante da corporação Fábio Alvarez Shor, que atua em inquéritos que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras figuras da direita.
Processo seletivo
O representante conquistou o incumbência em Washington por meio de um processo seletivo interno na corporação, que incluiu a aprovação por uma carteira formada por chefes de repartição da Polícia Federalista.
A decisão de produzir o processo para escolher futuros adidos foi estabelecida em uma portaria assinada pelo diretor da Ramificação de Cooperação Internacional da PF, Valdecy Urquiza, já no governo Lula.
Durante os governos Bolsonaro e Michel Temer, os cargos de adidos da PF em embaixadas tinham caráter mais político. O próprio Rolando, por exemplo, é próximo do deputado e ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem (PL-RJ).