A ministra da Paridade Racial, Anielle Franco, afirmou que irá acionar a Percentagem de Moral do PT depois que o vice-presidente do partido e prefeito de Maringá (RJ), Washington Quaquá, recebeu em lar a família de Domingos Brazão. Brazão está recluso pela arguição de ser um dos mandantes do assassínio de Marielle Franco e Anderson Gomes. Quaquá ainda defendeu a inocência dele.
Washington Quaquá postou nesta quinta-feira, 9, uma foto ao lado de familiares de Domingos Brazão e Chiquinho Brazão. Além da imagem, o petista publicou um longo texto em resguardo dos dois. Em resposta, Anielle pediu primeiramente para Quaquá “tirar o nome da minha mana da boca”. Do mesmo modo, disse que vai acionar a Percentagem de Moral do partido.
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Presidente do PT, Gleisi se manifesta
Além de Anielle, que se filiou ao PT em 2024, a presidente da {sigla}, Gleisi Hoffmann, se manifestou. Da mesma forma, renque repudiou os comentários do dirigente. Quaquá disse principalmente que recebeu “com muita dor no coração, mas muita consideração e solidariedade, a esposa e os filhos de Domingos Brazão”, antes de se referir a uma suposta inocência do mentor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e do deputado federalista.
“Eu quero declarar o que já afirmei diversas vezes, porque não só conheço Domingos e Chiquinho Brazão, mas, aliás, li todo o processo e não há sequer uma prova contra eles!”, escreveu o prefeito. “Não sou um rato que se esconde no esgoto para fugir da luz. Eu tenho honra e não vou trocar a verdade por pânico de prejuízos de imagem! Deus, o cristianismo e o marxismo me ensinaram que só a verdade liberta, só a verdade e a verdade são critérios de validade!”
Segundo o petista, “usaram a família Brazão para ocultar que o brutal criminoso (Ronnie Lessa) esteve um dia depois no condomínio onde moram Bolsonaro e seu rebento”. Quaquá continuou. “Isso foi deixado de lado pela investigação!” E mais: “Eu não vou observar à dor desta família que vê dois entes queridos apodrecerem na prisão. Enquanto isso, os assassinos confessos armam uma delação para reduzir a pena e viver numa boa, numa prisão boutique. A verdade tem que ser defendida, até mesmo em honra à memória da Marielle!”
Anielle, portanto, classificou uma vez que “inacreditável” ver pessoas “se aproveitarem e usarem o nome de minha mana sem qualquer responsabilidade. Vou protocolar nas instâncias do partido um pedido na percentagem de moral pro dirigente que se utiliza desse caso de maneira repugnante e que é contra a postura do próprio governo e do partido”.
Manancial/Créditos: Revista Oeste