O teólogo e responsável Carlos Franciscon testemunhou que sua esposa Andrea foi curada de um cancro vasqueiro. O diagnóstico, que chegou durante a gravidez, fez com que a família relatasse experiências com Deus no hospital que foram narradas em um livro para encorajar outras vidas.
Em uma entrevista ao Guiame, Carlos contou que a esposa recebeu o diagnóstico de Sarcoma de Ewing durante a gravidez de sua filha mais novidade, Amanda.
“A notícia de que um pouco estava falso dentro dela já era bastante assustadora, mesmo sem saber exatamente do que se tratava, saber que um pouco poderia afetar a nossa pequena Amanda me afligia muito, e também a Andrea”, disse ele.
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E continuou: “O diagnóstico do Sarcoma em si veio em momento ulterior, quando exames mais detalhados em seguida o promanação puderam ter sido feitos. Também foi um grande baque, porém talvez pelo vestuário de estar anestesiado com as muitas complicações que já vinham acontecendo, embora ainda assim uma terrível notícia, mas eu estava mais resignado”.
Andrea também relatou uma vez que foi sua reação ao receber o diagnóstico: “Eu descobri o tumor com 12 semanas de prenhez, mas que era um Sarcoma de Ewing só quando minha bebê tinha 3 meses, fui terrificante. Minha filha era muito novidade, meu fruto tinha 5 anos e o pânico de não poder escoltar o prolongamento deles me assustou. Mas, ao mesmo tempo, senti uma esperança e um acalento, pois tinha certeza de que, Deus faria o melhor para mim, independente do que fosse suceder”.
Três meses em seguida o promanação de Amanda, Andrea iniciou um tratamento intenso, com o pedestal de médicos brasileiros e internacionais.
“Foi angustiante não cuidar dela, tive que interromper a amamentação e isso me deixou muito chateada, mas o tempo todo ela estava muito assistida pelos meus familiares e amigos”, contou Andrea.
E continuou: “Carlos foi necessário em todo o tratamento, ele me apoiou o tempo inteiro, era meu porto seguro. Para quem eu chorava quando parecia que não ia sustentar. Me marcou muito a dedicação que ele teve com nossos filhos, a superação dele com o pânico que ele tinha de hospitais, passando a ser um frequentador assíduo para sempre poder estar ao meu lado”.
A família. (Foto: Registo pessoal outorgado ao Guiame)
O livro
Nesse período, Carlos precisou se organizar para cuidar dos filhos, da esposa e manter seu serviço.
“No início, eu tive dificuldade em dividir muito as atenções, foquei demais na Andrea e acabei dando menos atenção do que gostaria para os filhos, em próprio o Lucas, que já tinha 5 anos. Porém, nos meses seguintes, eu consegui lastrar melhor e pude dividir muito o tempo. Consegui juntar um bom tempo de férias no serviço também, o que me possibilitou estar tanto com as crianças quanto com a Andrea com boa dedicação”.
Aliás, ele começou a registrar os acontecimentos no conjunto de notas do celular. Segundo ele, esse era um uso velho:
“Muitos anos antes de todo o ocorrido, eu adquiri o uso de tomar notas de alguns acontecimentos, insights e até mesmo alguns sonhos, uma vez que sugestão de um querido colega e terapeuta Custódio. No início das complicações da Andrea, as anotações tinham uma vez que objetivo inicial um desabafo da minha secção, uma espécie de quotidiano para me ajudar a limpar um pouco a mente”.
“Em uma das conversas iniciais com o oncologista, Dr. Rodrigo, antes dele detalhar uma vez que seriam as sequências de quimioterapias e radioterapias, ele perguntou se aceitávamos a doença. Fiquei pasmo com uma pergunta tão óbvia, porém ele me explicou que faz essa pergunta, pois muitos pacientes entram em um estado de negação, não aceitam e interrompem o tratamento”, acrescentou ele.
Porém, com o tempo, Carlos decidiu compilar suas anotações em um livro que poderia servir de ajuda para outras pessoas.
“Decidi a partir daí que eu poderia fazer um pouco para influenciar as pessoas a não desistirem, e passei a pensar em formatar um livro fundamentado nas minhas anotações”, contou Carlos.
A experiência levou a lançar o livro “Na Alegria e Na Dor”, que atualmente está disponível em português, inglês e espanhol. Para além de uma história de luta contra o cancro, a obra desmistifica tratamentos e expõe com transparência os desafios enfrentados pela família.
Experiências com Deus
Enquanto passava pelos tratamentos, Andrea testemunhou que sentia a presença de Deus através das orações dos cristãos.
“Eu ouvia muito essa frase: ‘Estou orando por você’. E é impressionante uma vez que isso me fortalecia. Eu sentia uma força que eu não sabia que eu tinha e sabia em meu coração que era das orações. Era uma vez que se tivesse um muro em volta de mim, me protegendo, mesmo em meio a tanta dor, elas me sustentavam de uma forma inexplicável. Sou extremamente grata a cada pessoa que me ajudou com simples orações em todo o tempo”, disse ela.
No entanto, Andrea destacou dois momentos em que teve uma experiência com Deus nesta jornada: “Em um determinado momento, eu sentia tanta dor que eu não suportava mais, fora a fraqueza e falta de gosto. E, nesse momento, eu pedi a Deus para morrer, não aguentava mais. Logo, a angústia que eu estava sentindo passou e senti uma sossego tão grande, que percebi que teria que continuar lutando”.
Em outro momento, Andrea contou que estava com uma hemorragia intensa, e o médico chamou sua mãe, que estava a acompanhando, e disse para ela invocar a família. Segundo Andrea, o médico achava que ela não iria resistir:
“Enquanto eles discutiam isso, eu senti que eu estava indo embora, senti uma sossego muito grande e me senti feliz. E enquanto a sensação aumentava, lembrei que não tinha me despedido do meu fruto e comecei a falar com Deus: ‘Pai, eu não posso ir, não falei tchau para o Lucas’. Foi quase momentâneo, eu senti uma vez que se eu voltasse para o meu próprio corpo e fiquei extremamente calma, mesmo em uma situação de quase morte”.
Para Carlos, o momento mais marcante desse processo foi depois que Andrea passou pela primeira cirurgia na tentativa de remover “o suposto cisto”, poucos meses em seguida o promanação de Amanda.
“A cirurgia teve que ser interrompida no meio, pois, segundo a médica, o tumor sangrava muito e o risco de óbito era grande. Tiveram que fechar o golpe e, ao retornar ao quarto, a tristeza no semblante da minha esposa era grande. Eu estava preparando um chá para ela, quando fui tomado por uma força inexplicável e proferi de maneira totalmente automática as palavras: ‘Andrea, você vai transpor dessa situação, vai ser um processo longo e difícil, mas você vai transpor’”, declarou o responsável.
“Isso foi muito surpreendente, pois em sã consciência eu nunca diria um pouco assim sem ter certeza do que aconteceria. Entendi depois de tudo o que passou que fui tomado pelo Espírito Santo de Deus para manifestar aquelas palavras”, acrescentou.
Carlos e os filhos. (Foto: Registo pessoal outorgado ao Guiame)
Por termo, Carlos destacou que a fé em Deus foi necessário para sustentar sua família durante os momentos mais difíceis.
“Sou muito grato a Deus, pois desde os meus 20 anos de idade eu fui apresentado a uma fé muito sólida no Evangelho de Cristo. Uma fé que não omite problemas reais e não se baseia em achismos e nem charlatanismo, mas uma fé bíblica, honesta sobre a situação do mundo e da nossa verdade”, disse ele.
“Ao passar por tudo isso, pude me apegar mais ainda a minha fé em Deus, pois entendia que certamente havia um propósito em tudo o que estava acontecendo. Mesmo que o final poderia não ser do jeito que eu quisesse ou planejasse, eu tinha certeza que Deus também estava me amadurecendo para encarregar plenamente nos seus desígnios e que eu deveria permanecer firme e potente nos papeis que ele me colocou, uma vez que marido e pai”.
O livro “Na Alegria e Na Dor” pode ser encontrado no Clube de Autores e na Amazon.