Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e atual líder do Partido Liberal (PL), afirmou que, caso ainda estivesse no função, receberia com “as devidas honras” no Palácio do Planalto um soldado israelense que foi meta de uma investigação por supostos crimes de guerra na Tira de Gaza. O soldado, Yuval Vagdani, estava de férias no Brasil quando a Justiça Federalista autorizou a Polícia Federalista (PF) a investigá-lo, levando-o a deixar o país para evitar a detenção.
Bolsonaro fez essa enunciação em sua conta na plataforma X, criticando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por permitir a investigação do soldado. Ele argumentou que Israel é um “país irmão” e que o ataque contra um militar israelense demonstra que Lula estaria “sempre ao lado de ditadores e terroristas do mundo todo”. Bolsonaro também relembrou a ajuda prestada por Israel em seguida o sinistro de Brumadinho, contrastando com a ação da Justiça brasileira.
A enunciação de Bolsonaro reflete sua postura pró-Israel, que foi uma propriedade marcante de sua gestão, incluindo a promessa de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, embora essa promessa nunca tenha sido concretizada.
Ele justificou sua posição ao expor que o soldado é um “Soldado do Povo de Deus”, utilizando linguagem que ressoa com sua base evangélica e com aqueles que veem Israel porquê um coligado estratégico.
Posts na plataforma X refletem a polarização sobre leste tema. Apoiadores de Bolsonaro veem sua enunciação porquê uma resguardo da soberania e da amizade entre Brasil e Israel, criticando o que consideram ser uma perseguição injusta por segmento do governo Lula. Por outro lado, críticos argumentam que Bolsonaro ignora as alegações de crimes de guerra, colocando a política supra das questões de direitos humanos e justiça internacional.
A situação também trouxe à tona discussões sobre a jurisdição pátrio sobre crimes cometidos no exterior e a responsabilidade de países em investigar tais delitos, mormente quando envolvem militares em férias. O caso do soldado israelense no Brasil foi um ponto de atrito diplomático, com a embaixada de Israel respondendo às ações brasileiras e defendendo o militar.
Em resumo, a enunciação de Bolsonaro de que receberia o soldado israelense com honras é uma revelação de sua política externa pró-Israel, mas também reflete a subdivisão política no Brasil sobre questões de justiça internacional, direitos humanos e alianças geopolíticas.
– Caso fosse Presidente da República esse Soldado do Povo de Deus, ora perseguido, teria sido recebido por mim no Planalto com as devidas honras.
– Esse ataque a Israel, país irmão, muito demonstra que Lula da Silva, que zero fez para sanar essa injustiça, sempre esteve ao lado… pic.twitter.com/mB4K6DS9gl
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 5, 2025