O curta-metragem Manifesto Roda de Samba, de Celso Lobo de Oliveira Neto, é uma oportunidade de entender a representação do movimento no País. Lançado neste ano, ele pode ser visto gratuitamente na plataforma de streaming Cultnet.
O minidocumentário de 14 minutos apresenta 11 rodas de samba de diferentes lugares da cidade do Rio de Janeiro.
Deve-se realçar que a capital fluminense vive um bom momento no samba feito em torno de uma mesa, muito em função do realinhamento do setor músico à premência de se autoproduzir para se inserir na indústria cultural – vide o lançamento significativo de registros fonográficos nas plataformas. No caso do samba, o caminho da promoção da roda é mais do que proveniente.
No filme, depoimentos explicam uma vez que esses eventos evocam a identidade brasileira. Outrossim, ratificam seu papel de socialização.
Samba uma vez que filosofia de vida – expresso nas rodas – remete à construção do gênero matricial da cultura brasileira. Esses acontecimentos representam também elementos políticos e religiosos da Região por meio do comportamento de seus frequentadores e das músicas executadas, conforme expõe o filme.
O documentário Manifesto Roda de Samba é um guia prático para entender o que acontece nesses lugares. Infelizmente, muitos desconhecem sua relevância e sua amplitude no contexto cultural do País.
O filme colheu imagens e depoimentos das seguintes rodas de samba do Rio de Janeiro: Clube do Samba (Flamengo), Samba do Trabalhador (Andaraí), Samba na Nascente (Meio), Samba na Barão (Vila Isabel), Beco do Rato (Lapa), Samba na Passeio (Madureira), Roda das Rodas (Rossio Mauá), Jongo da Serrinha (Serrinha), Cacique de Ramos, Moça Prosa (Largo da Prainha) e Pagode do time de Crioulo (Feira da Glória).