O presidente do Banco Mediano, Roberto Campos Neto, negou nesta quarta-feira 2 os boatos de que entraria para a política em seguida deixar a liderança do BC em 31 de dezembro.
“Não sei o que vou fazer ainda, mas sei o que não vou fazer, que vi vários boatos sobre isso, é ser político ou trabalhar no governo. Isso não vou fazer”, disse no evento “Cenário econômico do Brasil e desdobramentos para 2025”, da Veedha Investimentos e Aurum Wealth Management.
“Sou muito grato ao Banco Mediano, foi um período muito feliz na minha vida, mas eu gostaria de voltar para a iniciativa privada”, disse.
Boatos sobre uma verosímil ingresso de Campos Neto na política ganharam força em junho, com sua participação em um jantar com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nesse evento, os dois teriam conversado sobre, em uma hipotética candidatura de Tarcísio ao governo federalista, Campos Neto seria indicado para comandar o Ministério da Herdade. O presidente do BC nega que esse tipo de conversa tenha existido.
Epidemia das bets
Questionado sobre as bets, Campos Neto afirmou que a separação entre a segmento de crédito e a de bets “é bastante necessária”. “não faz sentido banco ter bet. Na nossa versão, é uma coisa que não deveria subsistir. Mas acho que é uma política do governo, governo está debruçado sobre isso”, disse.
A preocupação do BC, segundo Campos Neto, é com o verosímil impacto na inadimplência, citando estados os EUA onde é medido um efeito na inadimplência com a liberação das bets. Um levantamento do Banco Mediano mostrou que muro de 24 milhões de pessoas físicas participam de jogos de má sorte e apostas no País.
Entre os beneficiários do Bolsa Família, principal programa de transferência de renda, mais de 5 milhões de usuários destinaram moeda às casas de apostas virtuais somente em agosto. Foram mais de 3 bilhões gastos nesse período – um montante que corresponde a 20% do valor totalidade repassado pelo programa.
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