A fala de Haddad não passou despercebida. Pouco tempo depois, Carlos Jordy, deputado federalista pelo PL do Rio de Janeiro, retornou ao plenário visivelmente irritado. Ele rejeitou as críticas feitas pelo ministro e não hesitou em partir para o contra-ataque, colocando em incerteza a qualificação de Haddad para ocupar o missão de ministro da Quinta.
“Moleque é você, ministro, por ter aceitado um missão dessa magnitude e só ter feito dois meses de economia. […] Governo Lula é pior do que uma pandemia”, disse Jordy em tom inflamado, arrancando reações diversas dos presentes — de aplausos da base aliada à oposição a protestos da bancada governista.
Outro protagonista do incidente foi Nikolas Ferreira, deputado mineiro também filiado ao PL, que voltou à sessão em seguida as declarações de Haddad para rebater as críticas. Em sua mediação, o parlamentar demonstrou desdém ao tom adotado pelo ministro, utilizando de ironia para menosprezar argumentos anteriores feitos por Haddad.
Nikolas se referiu a uma fala do ministro sobre a popularidade de vídeos divulgados nas redes sociais, fazendo uma sátira sarcástica ao glosa de que “não existem 300 bilhões de pessoas no mundo que falam português”, uma suposta referência ao número de visualizações dos vídeos do deputado nas plataformas digitais.
“Você acha que tem debate sério com alguém que fala que eu não posso ter 300 milhões de visualizações no vídeo porque não tem 300 bilhões de pessoas do mundo que falam português?”, retrucou Nikolas, arrancando risos de alguns colegas e aumentando ainda mais a tensão no plenário.