O chanceler Mauro Vieira, atual ministro das Relações Exteriores do governo Lula, afirmou nesta semana que a verosímil emprego da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Alexandre de Moraes, não terá qualquer validade legítimo ou prática em território brasiliano. A legislação americana, segundo Vieira, “não pode ter vigência extraterritorial” e, portanto, não afeta decisões ou autoridades do Brasil.
Essa enunciação, vinda da principal domínio diplomática do país, procura sofrear os efeitos políticos e jurídicos que uma sanção americana poderia ocasionar. A fala do ministro ocorreu em um momento de crescente debate internacional sobre as ações de Moraes, mormente no que diz reverência ao combate à desinformação e à increpação nas redes sociais.
A origem da controvérsia
O alerta de que Moraes poderia ser cândido da Lei Magnitsky partiu do senador norte-americano Marco Rubio. Na última quinta-feira (22), Rubio declarou que existe uma “grande possibilidade” de que o ministro do STF seja incluído na lista de pessoas sancionadas pela legislação. O motivo, segundo o senador, seriam supostas violações de direitos humanos e desfeita de poder no manobra de sua função porquê magistrado.
Rubio, que é uma voz influente entre os republicanos e já expressou preocupações sobre a liberdade de sentença no Brasil, tem criticado repetidamente o que considera ações autoritárias por secção de Moraes, sobretudo no contexto das investigações contra perfis conservadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O que é a Lei Magnitsky?
A Lei Magnitsky foi criada nos Estados Unidos em 2012, inicialmente com o objetivo de punir indivíduos envolvidos na morte do jurista russo Sergei Magnitsky, que denunciou um esquema de depravação na Rússia e acabou morrendo sob custódia policial. Desde portanto, a legislação foi ampliada e transformada em um instrumento global de sanções contra pessoas acusadas de depravação ou violações graves de direitos humanos, mesmo fora dos EUA.
Com base nessa lei, o governo americano pode impor sanções porquê frigoríficação de bens, proibição de ingresso no país e restrição de transações financeiras em solo americano. Nos últimos anos, diversas figuras de diferentes nações foram afetadas pelas medidas, entre elas líderes políticos, empresários e agentes estatais.
Reação brasileira: soberania e limites legais
A posição expressa por Mauro Vieira deixa evidente que, embora os Estados Unidos possam utilizar sanções unilaterais, essas ações não têm valor legítimo dentro do Brasil. “A legislação dos Estados Unidos é válida dentro dos Estados Unidos. Ela não tem efeito extraterritorial e, portanto, não pode ser aplicada sobre um cidadão brasiliano atuando no Brasil dentro de sua jurisdição legítimo”, explicou o chanceler em enunciação pública.
Para o Itamaraty, qualquer tentativa de interferência em assuntos internos brasileiros por meio de sanções unilaterais será considerada uma violação da soberania pátrio. O governo brasiliano não reconhece a legitimidade de ações que não passem por instâncias multilaterais, porquê o Parecer de Direitos Humanos da ONU.
Moraes no meio das atenções internacionais
Alexandre de Moraes tem ganhado cada vez mais destaque internacional, seja por seu papel na transporte do questionário das fake news e na regulação do uso das redes sociais, seja pelas polêmicas decisões que incluem a increpação de conteúdos, bloqueios de perfis e investigações contra críticos do STF.
Tais ações têm sido elogiadas por setores que defendem o combate à desinformação, mas também duramente criticadas por entidades que alertam para riscos à liberdade de sentença. Com isso, Moraes se tornou uma figura polarizadora, admirada por uns e cândido de pressão por outros.
As implicações de uma verosímil sanção
Caso Alexandre de Moraes seja, de indumentária, incluído na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, as consequências práticas seriam limitadas — ao menos do ponto de vista jurídico no Brasil. No entanto, as implicações simbólicas e políticas seriam mais significativas.
A imposição de uma sanção desse tipo por secção dos EUA poderia gerar tensões diplomáticas entre os dois países e nutrir discursos de ingerência externa. Também serviria porquê argumento para setores políticos que já criticam o STF e o associam a ações de increpação.
Ou por outra, o incidente reacende o debate sobre os limites da atuação de magistrados, a independência dos poderes e o estabilidade entre segurança institucional e garantias individuais.
O contexto político mais espaçoso
A enunciação de Mauro Vieira também está inserida em um contexto mais espaçoso de reposicionamento do Brasil no cenário internacional. O governo Lula tem buscado uma política externa marcada pelo multilateralismo, o diálogo com diferentes blocos e a valorização da soberania pátrio.
Nesse cenário, a possibilidade de que um ministro da Suprema Golpe brasileira seja sancionado unilateralmente por um país estrangeiro levanta preocupações sobre precedentes e abre uma discussão sobre porquê o Brasil deve se proteger de decisões externas que afetem diretamente suas instituições.
Desfecho: embate entre jurisdições
A resposta do governo brasiliano, por meio do chanceler Mauro Vieira, reforça que o Brasil não aceitará passivamente a emprego de sanções estrangeiras sobre autoridades nacionais. A resguardo da soberania, da validade interna e da autonomia institucional são pilares que o Itamaraty pretende preservar diante das possíveis pressões internacionais.
Mesmo que a Lei Magnitsky tenha força nos EUA e represente um instrumento legítimo dentro da sua jurisdição, seu alcance esbarra nos limites do recta internacional e da autodeterminação dos povos. Nesse sentido, a crise que se desenha entre Washington e Brasília pode servir de exemplo sobre os desafios do mundo multipolar — onde diferentes sistemas jurídicos e valores políticos disputam espaço, influência e legitimidade.
https://politicaonlinebrasil.com/governo-lula-tenta-esconder-o-medo/ / Manancial/Créditos -> Politica Online Brasil