A recente movimentação do governo Trump nos Estados Unidos provocou uma reviravolta inesperada no cenário político brasílico, principalmente no que diz reverência ao Supremo Tribunal Federalista (STF). A mídia, que inicialmente tratou com descrença as ameaças vindas do exterior, começa agora a reconhecer que a golpe suprema brasileira pode ter sido surpreendida por uma estratégia internacional coordenada.
A mudança de tom da mídia tradicional
Durante as primeiras declarações dos ministros do STF, as sanções prometidas pelo ex-presidente Donald Trump e seu entorno foram vistas uma vez que improváveis e até folclóricas. No entanto, à medida que novas medidas são anunciadas por figuras centrais da política americana, essa percepção mudou. A jornalista Malu Gaspar, em pilar no jornal O Mundo, apontou que o cerco ao STF se estreita e que a situação pode ser mais séria do que inicialmente se imaginava.
As ações do governo Trump e o protagonismo de Marco Rubio
O Secretário de Estado americano, Marco Rubio — figura médio no novo procuração de Trump — anunciou restrições de vistos a autoridades estrangeiras que censuram cidadãos dos Estados Unidos. Embora ainda não se trate de sanções extraterritoriais, a sinalização é clara: Washington começa a mirar diretamente nos ministros do STF.
Essa postura pode simbolizar exclusivamente o início de alguma coisa maior. Rubio já indicou no Congresso americano que o ministro Alexandre de Moraes poderá ser objectivo da chamada “pena de morte financeira” — uma medida que impede empresas e instituições com interesses nos EUA de manter relações com determinadas pessoas. Caso isso avance, será um passo inédito nas relações entre os dois países.
Eduardo Bolsonaro: de fanfarronada a articulador estratégico
Durante meses, Eduardo Bolsonaro, deputado federalista licenciado, foi tratado uma vez que alguém que fazia declarações midiáticas sem real influência. Instalado nos Estados Unidos desde o final de março, ele justificou sua estadia afirmando ser vítima de perseguição política no Brasil. A partir de lá, iniciou uma campanha para convencer o governo americano a reagir contra decisões do STF.
Até pouco tempo, suas falas eram vistas uma vez que tentativas de autopromoção ou uma vez que uma estratégia política sem grandes efeitos práticos. Todavia, com o respaldo de Rubio e o alinhamento com a governo Trump, seus esforços passaram a ser levados mais a sério — tanto por analistas quanto pelos ministros do Supremo.
A preocupação crescente no Supremo Tribunal Federalista
Fontes ligadas ao STF revelam que o clima entre os ministros é de consumição. Ainda que não se trate de uma crise oportunidade, há um temor real de que o governo Trump avance com medidas que afetem diretamente membros da golpe. Diante disso, aumentou a pressão sobre o governo brasílico para que haja uma resposta clara e coordenada.
O problema é que qualquer reação mais contundente pode perfazer reforçando o oração bolsonarista de que STF e governo Lula atuam em conjunto para minar a oposição. Essa narrativa, explorada exaustivamente nas redes sociais e em discursos públicos, seria ainda mais fortalecida se o Executivo brasílico adotasse uma postura de enfrentamento cândido.
Itamaraty em ação discreta
Para evitar uma escalada diplomática, o Itamaraty optou por uma estratégia silenciosa. Em vez de notas públicas de repúdio ou discursos inflamados, diplomatas brasileiros estão atuando nos bastidores, tentando convencer o governo americano de que sanções contra o STF seriam prejudiciais à relação bilateral entre os países.
No entanto, esse tipo de argumento raramente encontra repercussão entre os trumpistas, principalmente porque o atual governo brasílico possui pouco capital político com os republicanos americanos. Enquanto isso, aliados bolsonaristas nos EUA afirmam que as primeiras medidas já estão prontas para serem colocadas em prática.
Os possíveis desdobramentos para o STF
Caso os planos da lado bolsonarista se concretizem, é verosímil que haja uma escalada nas sanções, atingindo não exclusivamente Alexandre de Moraes, mas também outros ministros do STF e até seus familiares que atuam uma vez que advogados. A expectativa dos articuladores dessa ofensiva é que o Supremo recue de algumas de suas decisões ou, ao menos, reveja sua postura institucional.
Mesmo que não ocorra um recuo, o simples traje de o STF estar sendo pressionado internacionalmente já cria um envolvente de instabilidade e fragilidade institucional. Isso pode ser explorado politicamente, principalmente com vistas às eleições de 2026.
O risco de crise diplomática e seus efeitos internos
A tensão entre Estados Unidos e Brasil pode não se restringir ao campo jurídico. A depender da resposta do governo Lula, existe a possibilidade de uma crise diplomática mais ampla, com consequências para o negócio, a cooperação bilateral e a imagem do Brasil no exterior.
Internamente, o tema será explorado por todos os espectros políticos. A oposição buscará substanciar a teoria de um STF partidário, enquanto o governo tentará blindar a instituição para evitar o desgaste. No meio disso tudo, o STF se vê no núcleo de uma disputa geopolítica que pode impactar seu prestígio e sua poder.
2026 no horizonte: dividendos eleitorais
Além das implicações diplomáticas e jurídicas, há um fator político inegável. Toda essa movimentação pode gerar efeitos importantes nas eleições presidenciais de 2026. O grupo bolsonarista, agora reabilitado pela reeleição de Trump, pode usar os ataques ao STF uma vez que combustível para mobilizar sua base e substanciar o oração de perseguição e repreensão.
Para Trump, por sua vez, endurecer contra figuras que ele considera ligadas à esquerda global é uma forma eficiente de manter o escora de sua base conservadora. No término das contas, a situação gera dividendos eleitorais dos dois lados do continente.
https://politicaonlinebrasil.com/stf-cai-na-armadilha-de-trump/ / Nascente/Créditos -> Politica Online Brasil