A Polícia Social de São Paulo concluiu nesta quinta-feira (22) o questionário sobre o caso Vai de Bet e indiciou o presidente do Corinthians, Augusto Melo, por associação criminosa, rapacidade qualificado por insulto de crédito e lavagem de verba. O caso envolve suspeitas de ramal de recursos do contrato de patrocínio com a antiga patrocinadora do clube, a mansão de apostas Vai de Bet.
Além de Melo, também foram indiciados o empresário Alex Cassundé, possuinte da empresa que intermediou o convénio com a mansão de apostas, e os ex-dirigentes corintianos Marcelo Mariano e Sérgio Moura, pelos mesmos crimes.
A resguardo de Melo ainda não se pronunciou. O jurista de Cassundé, Cláudio Salso, afirmou que só irá comentar em seguida ter entrada ao termo de indiciamento. Mariano e Moura não foram localizados pela reportagem.
Ramal milionário e conexão com o PCC
De convénio com a investigação, valores milionários do contrato com a Vai de Bet foram desviados e acabaram chegando à UJ Football Talent, empresa apontada porquê braço do Primeiro Comando da Capital (PCC) no futebol, segundo delação do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.
A Polícia Federalista (PF) apurou que a Rede Social Media, pertencente a Cassundé, recebeu R$ 1,4 milhão do Corinthians e repassou os valores a empresas fantasmas e “laranjas”, incluindo a Neoway, registrada em nome de uma empregada doméstica, e a Wave Intermediações, que movimentou R$ 13 milhões em poucos dias. Secção desse verba foi rastreada até a UJ Football Talent.
Clubes porquê vítimas, dirigentes porquê alvos
O representante responsável pelo caso, Tiago Fernando Correia, foi enfático ao declarar que o Sport Club Corinthians Paulista foi vítima do esquema criminoso.
“Em suma, que o Corinthians foi lesado, é indubitável; e concordemos que, não se trata de coincidência, muito menos de mero casualidade, o verba ter saído das contas de um renomado clube brasílio para ser mordido por uma afamada Dependência de Assessoria Esportiva”, afirmou o representante em seu relatório.
Apesar disso, o envolvimento direto de dirigentes do clube permanece sob suspeita. O presidente Augusto Melo chegou a prestar prova em abril e foi formalmente indiciado agora pela Polícia Social, o que pode exacerbar ainda mais sua situação política.
Crise política às vésperas do impeachment
O indiciamento ocorre quatro dias antes da votação que pode selar o impeachment de Augusto Melo, marcada para 26 de maio. O dirigente enfrenta quatro pedidos formais de destituição, um deles justamente relacionado ao escândalo envolvendo a Vai de Bet.
O contrato original entre o Corinthians e a mansão de apostas, anunciado em janeiro de 2024, previa um patrocínio de R$ 360 milhões. No entanto, em junho do mesmo ano, em seguida o surgimento das denúncias de repasses ilícitos, a Vai de Bet rescindiu o contrato unilateralmente.
Empresas envolvidas no esquema
A investigação identificou pelo menos quatro empresas centrais no ramal dos recursos:
Rede Social Media (Alex Cassundé): intermediária do contrato e responsável por repassar R$ 1,4 milhão do Corinthians;
Neoway Soluções Integradas: empresa usada porquê laranja, ligada a uma empregada doméstica de Peruíbe;
Wave Intermediações e Tecnologia: apontada porquê empresa fantasma, movimentou milhões para a Victory Trading;
UJ Football Talent: direcção final de pelo menos R$ 1,07 milhão, apontada porquê frontispício do PCC.
A apuração ainda revelou a existência de um grupo criminoso com diversos CNPJs vinculados, incluindo ACJ Platform, Thabs Soluções Integradas e Roble Distribuidora, todos sob investigação.
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