A Justiça espanhola reafirmou, pela segunda vez, sua posição de não extraditar o jornalista brasiliano Oswaldo Eustáquio Fruto. A decisão, proferida no último dia 5 de maio, foi tomada pela Audiência Vernáculo da Espanha, um dos principais tribunais do país, responsável por julgamentos de superior nível, uma vez que os relacionados a terrorismo e extradições internacionais.
Recurso do Brasil é recusado por não ter legitimidade
O pedido recente partiu do Estado brasiliano, que solicitou que fosse aceito uma vez que segmento do processo com a intenção de intervir diretamente e apresentar argumentos em prol da extradição. No entanto, os juízes espanhóis entenderam que o governo do Brasil não possui legitimidade jurídica para interpor esse tipo de recurso, pois a ação de extradição envolve diretamente o Ministério Público espanhol e o próprio Oswaldo Eustáquio, e não o Estado brasiliano uma vez que segmento formal.
De contrato com o que foi divulgado pelo jornal O Orbe, o tribunal considerou que o Brasil, enquanto Estado, não pode recorrer de forma autônoma dentro do processo, por não ser segmento ativa. Aliás, os magistrados destacaram que o Ministério Público, que poderia ter atuado dentro do prazo lítico, não recorreu no tempo devido, o que contribuiu para a manutenção da negativa à extradição.
Histórico da tentativa de extradição
Oswaldo Eustáquio está fora do Brasil desde 2022, quando passou a ser investigado por suposta participação em atos considerados antidemocráticos, além de ser associado, por autoridades brasileiras, à incitação de ações golpistas e ao descumprimento de medidas judiciais. Desde logo, o jornalista tornou-se um nome frequente nos noticiários políticos e jurídicos, principalmente posteriormente sua saída do país e seu posicionamento contra o Supremo Tribunal Federalista (STF).
O primeiro pedido de extradição havia sido rejeitado em 2023, quando a Justiça espanhola argumentou que não havia fundamentos suficientes para autorizar o retorno forçado do jornalista ao Brasil. À era, os juízes destacaram também que o processo de Eustáquio apresentava características políticas, o que, sob a legislação espanhola e internacional, pode ser motivo para a recusa de uma extradição.
Repercussão política da decisão
A novidade negativa da Justiça espanhola repercutiu entre autoridades brasileiras e reforçou críticas ao processo de judicialização de opositores no país. Grupos ligados à direita política veem a postura da Espanha uma vez que um sinal de que há preocupação internacional sobre a forma uma vez que o Judiciário brasiliano está lidando com determinados casos, principalmente aqueles que envolvem figuras públicas que se opõem ao atual governo ou ao STF.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, já havia comentado em outras ocasiões que não esperava decisões favoráveis vindas do ministro Alexandre de Moraes, responsável por algumas das ações envolvendo Eustáquio. A decisão espanhola, portanto, acabou sendo interpretada por seus apoiadores uma vez que um respaldo indireto às denúncias de insulto de mando e perseguição política.
Declarações de Eustáquio e seu posicionamento
Posteriormente a divulgação da decisão judicial espanhola, Oswaldo Eustáquio utilizou suas redes sociais para comemorar mais uma vitória no processo. Segundo ele, a novidade negativa de extradição comprova que as acusações feitas contra si têm viés político e são inconsistentes do ponto de vista jurídico.
O jornalista afirma que está sendo perseguido por expor irregularidades e tutelar posições conservadoras, e que seguirá denunciando o que considera um cerceamento da liberdade de frase no Brasil. Ele ainda reforçou que pretende buscar esteio em organismos internacionais para ampliar o debate sobre a situação jurídica de opositores no país.
Implicações para o governo brasiliano
A insistência do Brasil em tentar trazer Oswaldo Eustáquio de volta ao país indica a relevância do caso para as autoridades locais. No entanto, a novidade negativa por segmento da Espanha impõe limites às ações do governo e do Judiciário brasiliano no campo internacional, sobretudo em casos que envolvem direitos políticos e liberdade de prelo.
Especialistas em Recta Internacional ressaltam que países uma vez que a Espanha seguem tratados e normas rigorosas quando o ponto é extradição, principalmente em casos com conotações políticas. A negativa reiterada também pode gerar desconforto diplomático, caso o Brasil insista em pressionar por uma novidade tentativa sem novos fundamentos jurídicos sólidos.
Ministério Público espanhol também se abstém de recorrer
Outro ponto fundamental evidenciado pela Justiça espanhola foi o indumentária de que o próprio Ministério Público sítio, que tem privilégio de agir em casos uma vez que esse, não interpôs recurso dentro do prazo lítico. Esse fator contribuiu decisivamente para o indeferimento do pedido apresentado pelo Brasil, reforçando a autonomia da atuação judicial no país europeu.
Para os magistrados da Audiência Vernáculo, a exiguidade de recurso por segmento do MP indica que não houve entendimento, por segmento das autoridades espanholas, de que havia justificativas suficientes para volver a decisão anterior, o que fortalece a tese de que o processo não é unicamente jurídico, mas também político.
Porvir incerto e tensão internacional
A permanência de Oswaldo Eustáquio na Espanha, livre de uma provável extradição, deve prolongar ainda mais o impasse entre o Brasil e o jornalista. A situação pode gerar precedentes importantes para outros casos semelhantes, nos quais cidadãos brasileiros eventualmente busquem proteção internacional alegando perseguição política.
Por outro lado, a Justiça brasileira deve seguir monitorando os movimentos de Eustáquio e tentando outras vias legais, ainda que essas alternativas tenham, até agora, se mostrado pouco eficazes diante da postura firme da Justiça espanhola em preservar direitos políticos e processuais.
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