Uma enunciação do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, gerou poderoso repercussão nesta semana posteriormente ele comportar publicamente que o governo já tinha conhecimento prévio sobre denúncias de fraudes no INSS. Durante entrevista a jornalistas nesta terça-feira (29), Lupi reconheceu que as queixas vinham sendo feitas há tempos, mas afirmou que não sabia da real dimensão do esquema, que envolvia uma quadrilha organizada e afeta diretamente aposentados e pensionistas em todo o país.
“Eu praticamente fui surpreendido com o volume disso. Eu sabia que tinha uma denúncia cá, outra além. A gente sempre soube, não vamos fingir… o 135 denunciava isso, a gente recebia queixa, a própria plataforma do INSS aparecia com algumas pessoas denunciando”, afirmou o ministro. Ele também destacou que só agora foi informado sobre a existência de uma estrutura criminosa organizada por trás das irregularidades.
A fala do ministro gerou uma vaga de críticas da oposição e de entidades representativas dos aposentados, que acusam o governo de negligência. Segundo os dados divulgados recentemente, mais de 740 milénio aposentados já reclamaram de descontos indevidos em seus benefícios, e há indícios de que esses valores vinham sendo desviados de forma sistemática por meio de fraudes em consignados, serviços não solicitados e falsificações de contratos.
Governo sob pressão
Diante da sisudez do caso, Carlos Lupi deverá ser convocado pelo Senado Federalista para prestar esclarecimentos. Parlamentares já articulam a início de uma Percentagem Parlamentar de Interrogatório (CPI) para apurar a responsabilidade dos gestores públicos, incluindo a preterição frente às denúncias que, segundo o próprio ministro, eram de conhecimento do governo.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) classificou uma vez que “estarrecedora” a postura do ministro. “Se o governo sempre soube e zero fez, estamos diante de uma preterição criminosa. É intolerável que centenas de milhares de aposentados tenham sido lesados sem que medidas firmes fossem tomadas desde o início das denúncias”, criticou.
O líder da oposição, senador Rogério Pelágico (PL-RN), também se manifestou: “É a confirmação do que suspeitávamos: o governo Lula sabia das fraudes no INSS e se omitiu. Agora que a explosivo explodiu, tentam minimizar dizendo que não tinham noção da dimensão. Mas os dados estavam lá, as reclamações existiam.”
Esquema milionário
Segundo investigações iniciais da Polícia Federalista e do Tribunal de Contas da União (TCU), o esquema operava com a participação de servidores públicos, representantes de entidades sindicais e empresas de crédito. O grupo fraudava contratos de empréstimo consignado, inseria descontos indevidos em benefícios e aplicava taxas ilegais sem o conhecimento dos beneficiários.
Relatórios internos do INSS apontam que secção das denúncias já circulava desde 2023, mas o sistema de controle interno da Previdência falhou em agir com a devida presteza. “Há indícios de conivência ou, no mínimo, negligência grave de gestores”, destacou uma natividade da CGU (Controladoria-Universal da União).
O Ministério Público Federalista também abriu uma investigação paralela para apurar a verosímil responsabilidade de dirigentes do INSS e do Ministério da Previdência na lentidão para responder às queixas.
Impacto social e político
O caso tem repercussão não unicamente política, mas também social. Entidades uma vez que a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) exigem indenização aos prejudicados e reforçam os apelos por uma apuração rigorosa. “A enunciação do ministro Carlos Lupi escancara uma triste verdade: o governo sabia e demorou a agir. Isso não é unicamente um erro de gestão, é um desrespeito com quem dedicou a vida ao país e agora depende da aposentadoria para sobreviver”, disse Warley Martins, presidente da entidade.
Especialistas em recta previdenciário avaliam que a responsabilização do Estado pode penetrar espaço para ações judiciais em volume por danos morais e materiais. “Quando o próprio ministro reconhece que ‘sempre souberam’, há elementos suficientes para caracterizar a lacuna do poder público em proteger o segurado”, afirmou a advogada Camila Rocha, da Associação Pátrio de Resguardo do Consumidor Previdenciário.
Tentativa de contenção
Em meio à pressão, o governo anunciou a geração de uma força-tarefa para estugar as investigações internas e revisar os sistemas de monitoramento de irregularidades no INSS. Carlos Lupi também prometeu transparência totalidade e punição réplica aos envolvidos no esquema.
“Isso não pode continuar. Vamos apurar tudo e responsabilizar quem tiver que ser responsabilizado, inclusive servidores públicos. Os aposentados merecem saudação e crédito nas instituições”, declarou.
Apesar da promessa, o desgaste político já está feito. A oposição vê no incidente um novo flanco de ataque contra o governo Lula, que se vê mais uma vez às voltas com denúncias de devassidão e má gestão em áreas sensíveis.
Com os olhos voltados para a CPI e para o testemunho de Lupi no Senado, o caso promete se compelir pelos próximos meses, com potencial para afetar a imagem do governo junto à população mais idosa — um público historicamente politicamente ativo e influente.
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