O ex-presidente Michel Temer manifestou sua opinião sobre a possibilidade de anistiar os participantes dos eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas por manifestantes inconformados com o resultado das eleições. Para o emedebista, a discussão em torno da anistia é legítima no campo político, mas ele acredita que o caminho mais equilibrado seria uma reavaliação das penas pelo próprio Supremo Tribunal Federalista (STF), evitando assim um verosímil atrito entre os Poderes.
Poder Legislativo tem privilégio, mas prudência é necessária, diz Temer
Em entrevista concedida ao jornal O Orbe e publicada na quarta-feira (16), Michel Temer reconheceu que o Congresso Vernáculo tem domínio constitucional para legislar sobre temas uma vez que a anistia. No entanto, ele ponderou que, diante da tensão institucional gerada pelos acontecimentos e da atuação do STF no julgamento dos envolvidos, talvez o mais sensato fosse permitir que a própria Incisão revisasse as sentenças.
— O Congresso tem o recta de revalidar uma lei que trate da anistia, isso é inegável. Todavia, talvez fosse mais favorável que o próprio Supremo Tribunal Federalista fizesse uma novidade estudo das penas, evitando possíveis desgastes institucionais — declarou Temer ao jornal.
A fala do ex-presidente sugere um apelo à simetria entre os Poderes, principalmente num momento em que o debate em torno da anistia voltou com força na Câmara dos Deputados, movimentando a base governista e a oposição.
Alexandre de Moraes: o varão manifesto na hora certa
Temer também aproveitou a entrevista para comentar sobre Alexandre de Moraes, atual ministro do STF, que foi indicado por ele à Suprema Incisão em 2017. Moraes assumiu a vaga deixada em seguida a trágica morte do ministro Teori Zavascki, logo relator da Operação Lava Jato, que faleceu em um acidente airado.
Ao falar sobre Moraes, Temer fez questão de distanciar a imagem negativa que secção da população construiu do ministro, principalmente diante de sua postura firme na transporte dos processos relacionados ao 8 de janeiro.
— Moraes é um varão sensível, ponderado e sabe uma vez que agir nas situações mais complexas. Ele não é esse sujeito rancoroso que alguns imaginam — disse Temer, revelando uma faceta mais branda e ponderada do magistrado, segundo ele, pouco conhecida pelo grande público.
A enunciação ganha relevância em meio às críticas que Moraes tem recebido por sua atuação no julgamento dos réus dos atos golpistas. Para muitos, ele se tornou o principal rosto do combate ao extremismo antidemocrático, o que também o colocou no núcleo de uma polarização política intensa.
Um caminho que evite crises institucionais
Temer parece buscar uma solução que reduza o risco de uma novidade crise entre os Poderes. Para ele, a dosagem das penas pelo STF poderia ser um meio-termo plausível para todas as partes: respeitaria o trabalho já feito pelo Judiciário e ao mesmo tempo atenderia às pressões políticas que vêm sendo feitas no Congresso, principalmente por parlamentares ligados à direita.
Essa visão não é isolada. Muitos analistas políticos consideram que uma proposta de anistia aprovada diretamente pelo Legislativo poderia acirrar ainda mais os ânimos entre os deputados e os ministros do Supremo, principalmente Alexandre de Moraes, que conduziu grande secção das investigações e processos.
Ao sugerir uma “novidade dosagem das penas” pelo STF, Temer indica um caminho mais técnico, jurídico e simples, afastando o risco de a anistia se transformar em um embate público entre Poderes.
Progresso do projeto de anistia na Câmara preocupa o Planalto
Enquanto Temer sugere cautela e estabilidade, o projeto de lei que trata da anistia continua avançando na Câmara dos Deputados. A proposta tem gerado reações de todos os lados, inclusive entre aliados do governo Lula. Alguns veem a anistia uma vez que um retrocesso no combate aos ataques antidemocráticos. Outros, no entanto, defendem que muitos dos condenados foram punidos de forma desproporcional ou agiram por influência de líderes políticos e não por vontade própria.
Parlamentares uma vez que o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) têm se posicionado fortemente em prol da anistia, enquanto outros criticam claramente a teoria, uma vez que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que já chegou a escadeirar de frente com o pastor Silas Malafaia, padroeiro da proposta.
Diante da polarização, a fala de Temer aparece uma vez que um ponto de ponderação: nem anistia ampla, nem punição irrestrita, mas sim revisão técnica, cautelosa e judicial.
Um legado de moderação e procura por consenso
Michel Temer sempre cultivou uma imagem de conciliador nos bastidores da política. Seu governo foi marcado por uma tentativa jacente de pacificar conflitos e manter a firmeza institucional. Ao sugerir uma reavaliação das penas pelo STF ao invés de uma anistia legislativa, ele reforça essa imagem.
Sua fala também revela um reverência profundo pelas instituições democráticas e, principalmente, pelo Poder Judiciário, que nos últimos anos tem assumido papel meão nas crises políticas do país.
Mesmo fora do missão, Temer demonstra atenção ao cenário político e preocupação com a firmeza do país. Sua proposta não tem caráter decisivo, mas pode influenciar a opinião pública e os debates internos no Congresso e no STF.
Considerações finais
A fala do ex-presidente Michel Temer sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro joga luz sobre um tema quebradiço, que mexe com as estruturas do Estado brasílio. Ao tutelar uma saída institucional e harmoniosa, ele contribui para o maduração do debate e sinaliza que, mesmo em meio à polarização, é verosímil buscar soluções equilibradas.
Seu esteio à revisão das penas pelo STF, em vez de uma anistia direta aprovada pelo Congresso, também revela um reverência à atuação do Judiciário e uma tentativa de preservar a independência e a simetria entre os Poderes — alguma coisa cada vez mais necessário no cenário atual.
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